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Cultura

Antigos silos nas Caldas da Rainha vão ser viveiro para artistas

Os antigos silos de moagem de cereais das Caldas da Rainha vão ser transformados num ‘viveiro de criatividade’ para artistas e designers saídos da Escola Superior de Arte e Design (ESAD).

Os antigos silos de moagem de cereais das Caldas da Rainha vão ser transformados num ‘viveiro de criatividade’ para artistas e designers saídos da Escola Superior de Arte e Design (ESAD) que pretendam alugar ateliês a preços baixos.

“É um projecto low cost dirigido a antigos alunos da ESAD que pretendam iniciar a vida ativa alugando espaços a preços reduzidos”, disse Nicola Henriques, coordenador do projeto “Ateliês nos Silos”.

Professor de educação física e aluno do curso de Design de Ambientes, na ESAD, Nicola Henriques resolveu aproveitar a ligação já existente entre a escola e a moagem, local onde em 2006 e 2007 foi realizada a exposição de finalistas.

Desactivados desde 2003, os Silos da Ceres, acusam os anos de abandono e os tempos de crise que “não são propícios à venda de um edifício destas dimensões e a precisar de obras”, refere.

Da ideia de “juntar a necessidade de um espaço a preços módicos” e a vontade de artistas e designers de intervirem na requalificação de “um edifício icónico” nasceu o projeto que conta já com 15 dos 24 módulos alugados.

Organizados em ‘open spaces’ (espaços abertos), os módulos são, no entender de Nicola Henriques “um convite à criatividade e troca de experiências” entre os participantes.

Inês Milagres e Alexandre Castro são disso exemplo, partilhando um mesmo ateliê, mas desenvolvendo ideias diferentes.

“O meu projeto prende-se com a criação de peças de design direcionadas para a comida e ecologia” adianta Inês, apostada em desenvolver peças “ligadas ao pão, que tem tudo a ver com este espaço”.

Já Alexandre, escolheu os silos para criar projetos multimédia, o primeiro dos quais o desenvolvimento de um site para divulgação de atividades culturais.

Miguel Lopes, artista plástico, reservou já igualmente o espaço a partir do qual pretende dinamizar atividades culturais e “workshops de apoio aos alunos da ESAD”.

Já garantida está também a instalação de outros projetos, ligados ao design de ambientes, laboratório de vídeo e fotografia e uma oficina de serigrafia.

Fora dos dois ateliês, mas integrado no projeto, funciona uma oficina de cenografia onde Marco Telmo Martins se dedica à criação de cenários para televisão, cinema, anúncios publicitários ou até corsos carnavalescos.

Além dos ateliês individuais o espaço conta com áreas comuns (cozinha e zona de estar) e uma ampla zona de exposições, onde cada um dos arrendatários se compromete a organizar uma exposição por ano.

“Será um espaço aberto à comunidade, já que cada um poderá expor os seus trabalhos, ou convidar outros artistas para expor” explica Nicola Henriques.

Os módulos, com 13 metros quadrados, terão um custo de 75 euros mensais.

Os participantes desenvolvem atualmente algumas obras de remodelação do edifício e Nicola Henriques prevê para setembro o início da atividade nos silos.

(fotografia: http://umpasso-a-frente.blogspot.com)


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