Eles vão, mas não sabem se regressam. E, nos últimos 16 anos, pelo menos quatro bombeiros do distrito de Leiria partiram em serviço, nas operações de combate a incêndios para que são treinados a enfrentar.
Américo Ferreira, de 40 anos, faleceu em serviço. Destino idêntico enfrentou Viviana Dionísio, de 29 anos, em 2006. A 9 de agosto de 2010, João Pombo, de 42 anos perdeu a vida e no segundo aniversário da sua morte, o combate aos fogos ceifa nova vida entre os bombeiros do distrito: Vítor Joaquim, bombeiro em Figueiró dos Vinhos.
Em comum têm o facto de pagarem com a vida o esforço de socorrer o próximo. Afinal, na crueza do rescaldo de mais uma tragédia, o que nos diz a realidade sobre quanto vale a vida de um bombeiro? Friamente, a resposta é: 108 mil euros. Este é o montante que é acionado pelo seguro dos bombeiros voluntários em caso de morte de um soldado da paz, muito embora possa sofrer flutuações de acordo com a realidade socioeconómica do agregado familiar do bombeiro.
Não obstante, este é um valor que fica aquém de algumas indemnizações praticadas quando o comum dos cidadãos morre num acidente de viação. É certo, contudo, que no caso dos bombeiros acresce uma “pensão de preço de sangue” que pode ser reclamada pela família.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>E, quando a tragédia bate à porta ou os incêndios mostram as suas garras, a comunidade reconhece a importância dos corpos de bombeiros, “pena é que muitas vezes esse reconhecimento não seja feito ao longo dos 365 dias que o ano tem”, aponta Mário Cerol, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Leiria.
Leia a reportagem na íntegra nas páginas 6 e 7 da edição de 17 de agosto de 2012.