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Caução de 70 mil euros deixa João Bartolomeu em liberdade

Queixa de credores da Materlis leva à investigação. Empresário é suspeito de burla e falsificação de documentos, entrega passaporte e tem de se apresentar semanalmente às autoridades

Apresentações semanais às autoridades, entrega do passaporte e 70 mil euros de caução foram as medidas de coação aplicadas ao empresário João Bartolomeu, para sair em liberdade do Tribunal Judicial de Leiria, na passada terça-feira, após quase cinco horas de interrogatório judicial, por suspeita dos crimes de burla qualificada e de falsificação de documentos bancários (letras de câmbio).

João Bartolomeu à chegada ao Tribunal de Leiria (Foto: Joaquim Dâmaso)

O administrador da empresa Materlis, localizada em Pousos, Leiria, foi detido na passada segunda-feira, depois de vários inspetores da Polícia Judiciária (PJ) de Leiria terem realizado, durante a manhã, buscas nos escritórios da empresa, bem como na sua residência e na casa das filhas. O empresário, que durante mais de 25 anos esteve ligado à União de Leiria e foi administrador da SAD até abril passado, foi detido ao final do dia de segun­da-feira e passou a noite nas instalações da PJ.

Segundo o comunicado divulgado pela autoridade policial, suspeita-se que os “prejuízos patrimoniais”, originados pelos crimes de que está indiciado, sejam “superiores a um milhão de euros”. Tal dano pode condicionar o processo de insolvência que está a correr na Materlis, desde março deste ano. Aliás, a investigação terá sido motivada pela queixa de alguns credores sobre a existência de documentação falsa.

João Bartolomeu chegou ao Tribunal de Leiria pelas 15 horas, acompanhado por inspetores da PJ e sem estar algemado, e entrou pelas traseiras. De face voltada para o chão e passo apressado, transportou apenas uma garrafa de água na mão, estando o outro braço seguro por um inspetor.

Minutos depois, a mulher e as duas filhas entraram no Tribunal onde permaneceram durante toda a tarde, tendo por diversas vezes, conversado com o advogado de João Bartolomeu, Carlos Almeida.

O interrogatório judicial prolongou-se até cerca das 21h40, altura em que foi proferido o despacho de acusação e o empresário pôde sair em liberdade, após conhecidas as medidas de coação a que ficou sujeito. Abandonou o tribunal acompanhado pela família, sem prestar declarações.

Leia o texto completo na edição de 19 de outubro, em papel ou aqui.

Marina Guerra (texto)
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso (fotografia)
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt 


Secção de comentários

  • figueiredo disse:

    estou ausente do pais a muito tempo mas conheci bem o seu pai tinha 11 anos quando fui asistir a um jogo muito dificil no casa pia que muita alegria deu as pessoas que acompanharam a nossa uniao mas visto a tristeza que ja ia dizer (Bartolomeu) mas esse burlista nao o merece .Paz ao seu pai e que seja
    condenado por tudo que fez

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