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Suspeita de irregularidades na insolvência da Materlis

Era a principal empresa de João Bartolomeu, mas está em processo de insolvência desde março deste ano. Agora, vários credores da Materlis alegam que há indícios de insolvência culposa.

Era a principal empresa de João Bartolomeu, mas está em processo de insolvência desde março deste ano. Agora, vários credores da Materlis alegam que há indícios de insolvência culposa, ou seja, apontam atos da administração, alegadamente com dolo ou culpa grave, que contribuíram para agravar a situação financeira da  sociedade. O próprio administrador nomeado pelo tribunal produziu um parecer nesse sentido.

As impugnações e reclamações, incluindo da banca e de trabalhadores, baseiam-se, por exemplo, na suposta falsidade de alguns documentos e em manobras para desfazer o património da empresa e colo­cá-lo em nome de terceiros.

Há também credores que já tinham comunicado ao processo de insolvência as suspeitas que conduziram à detenção de João Bartolomeu pela Polícia Judiciária de Leiria na passada segunda-feira, 15 de outubro. O desfecho do caso pode influenciar a qualificação da insolvência.

A Materlis deve 21 milhões de euros a uma centena de credores, o maior dos quais é a Sonae Indústria, de Belmiro de Azevedo, em tempos um parceiro privilegiado de João Bartolomeu. Há também 10 bancos na lista, tocados por metade da dívida, a Segurança Social e a Direção Geral de Contribuições e Impostos.

O novo plano de insolvência apresentado pela empresa de madeiras e derivados, o segundo, continua a propor a manutenção do negócio e sugere o pagamento das  dívidas (apenas em parte) ao longo de 28 anos. Já o parecer do administrador de insolvência é diferente.

Considerando a Materlis inviável, propõe a liquidação controlada com transmissão do estabelecimento, isto é, a venda de imóveis, equipamentos, stock e base de clientes a um investidor, muito provavelmente estrangeiro. Ainda não é conhecida data para a assembleia de credores que vai apreciar e votar os documentos.

Até lá, a empresa mantém-se no mercado, sob gestão do novo administrador de insolvência, nomeado em julho, com 40 trabalhadores no ativo e instalações a funcionar em Leiria, Viseu e Lourinhã.

Leia a reportagem completa na edição de 19 de outubro de 2012. Pode adquirir o jornal aqui.

 

CG

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