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Desporto

Leiria é a região do país com mais atletas de badminton

Mais exigente do que o ténis e com um esforço semelhante aos desportos de combate, o badminton é uma modalidade em crescimento. Leiria é a região do país com mais atletas

O impacto da participação de Telma Santos nos Jogos Olímpicos de Londres na promoção do badminton ainda não está refletido nos números da modalidade, mas poderá ser uma importante porta para cativar mais atletas, patrocínios e interesses.

Leiria é a associação do país com mais atletas filiados: 397, distribuídos por seis clubes, segundo o Relatório de Prática e Desenvolvimento Desportivo 2011 da Federação Portuguesa de Badminton. E nem a potência algarvia com o clube Che Lagoense – campeão nacional em elites, equipas seniores homens, senhoras e mistas – consegue fazer a diferença (90 atletas em três clubes).

Este é o valor mais elevado de sempre em Leiria, para o qual contribuiu não só a filiação de praticantes não federados como a abertura do Centro de Alto Rendimento (CAR) das Caldas da Rainha. De 2010 para 2011, o número cresceu mais de 320%, de 93 para os 397.

“O badminton tem tudo para singrar na região. Existem condições, há pavilhões marcados e a estratégia deve passar por ter mais apoio e visão das autarquias”, afirma João Lopes, treinador do Clube de Badminton de Leiria (CBL), que lamenta a inércia da Federação.

Apesar de tudo, o clube leiriense, fundado em 2005, mantém atividade com cerca de meia centena de atletas. Sobretudo nos escalões de formação, graças ao trabalho que desenvolvem nas escolas. “O Desporto Escolar é uma fonte muito importante para o badminton e permite cativar atletas, desde cedo, para a modalidade”, indica o técnico, que trabalha com estabelecimentos de ensino da Maceira e Gândara, em Leiria.

A prática pode iniciar-se em qualquer idade, contudo, João Lopes entende que a idade em que se torna mais eficaz a aprendizagem é aos 5-6 anos. “Tal como no futebol ou no basquetebol, quanto mais cedo foi ensinada a técnica base, mais eficaz será a prática”.

Com treinos três vezes por semana, o CBL fornece, numa fase inicial, o material. O jogador precisa de sapatilhas para piso indoor, uma raquete e um volante – também denominado “pena”.

Além do CBL, campeão nacional da II divisão na equipa de homens em 2011/2012, o distrito conta com mais cinco clubes a atuar nos campeonatos e torneios nacionais: Grupo Recreativo Amigos Juventude, Stella Maris de Peniche, Movimento Desportivo de Caldas da Rainha, Associação Recreativa e Cultural do Coto e Agrupamento de Divulgação do Badminton e Hábitos de Saúde.

Outro dos pontos “a favor” da região na promoção da modalidade é a realização de todos os campeonatos nacionais no CAR das Caldas da Rainha
No entanto, até chegar à alta competição, o atleta deve dedicar-se várias horas por dia a melhorar aspectos técnicos e o físicos. “O badminton é comparado muitas vezes com desportos de combate, como o judo ou o karaté. Não exige um esforço contínuo como o ciclismo, nem é preciso dominar algo como no futebol. Tem picos altos e mais velocidade nos batimentos de finalização e é mais lento e técnico nas jogadas à rede”, explica, justificando que como o campo é mais pequeno e o volante está mais tempo em jogo, exige um esforço muito maior do que o ténis.

Caracterizado por um trabalho conjunto de força e velocidade, falta acrescentar uma dica ao badminton: as pernas devem mexer o mais rápido possível para o jogador conseguir controlar a partida, o volante e aplicar a técnica exigida.

Marina Guerra (texto)
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Joaquim Dâmaso (fotos)
joaquim.damaso@regiaodeleiria.pt 

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