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Crónica irregular: Património(s) de Leiria

Por estes dias, alguém “regionalizava”, no Facebook, a distinção feita pela UNESCO à Universidade de Coimbra.

Pedro Jerónimo, bolseiro de investigação cientifica pj.news@gmail.com

Por estes dias, alguém “regionalizava”, no Facebook, a distinção feita pela UNESCO à Universidade de Coimbra. A Capela das Chãs e o jornal O Mensageiro eram os exemplos de “Património que poderia ser classificado mas não foi”. Um foi demolido e o outro deixou de ser publicado – no ano em que completaria 99 e quando a Associação Portuguesa de Imprensa procura o reconhecimento da imprensa centenária como patrimónios nacional e também da UNESCO. Logo surgiram, naquela rede social online, ecos de reprovação.

Esta questão reporta-nos a uma outra, mais actual: a reorganização administrativa. Parece-nos que, em ambos os casos, grande parte das “vozes que se levantaram” só surgiram à posteriori. Isto apesar das notícias previamente veiculadas pela imprensa regional de Leiria. Ou seja: foi tornado público que a reorganização administrativa estava em marcha e que tinha sido nomeada uma comissão para “reestruturar” os jornais diocesanos. Se no primeiro caso houve inclusivamente um período para apresentação de propostas, admite-se que no segundo também existisse receptividade para tal. Assim, de que adiantará “chorar sobre o leite derramado”, se não se agiu enquanto era tempo? E porquê? Desconhecimento? Desinteresse?

Como um dia nos recordou um leiriense, “o fim das coisas é quando um homem quiser”.

(texto publicado na edição de 4 de julho de 2013)