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Crónica irregular: Ainda há esperança

Fernando-goncalves
Fernando Gonçalves maravilha1962@gmail.com

A vitória de Passos Coelho em 2011 veio dar esperança aos portugueses. Sócrates era então o “culpado de todos os males” em particular pela austeridade dos “PEC” a que Passos Coelho iria pôr fim. Mas, a convicção neo-liberal do PM, que acredito estar de boa-fé e julgar ser esse o caminho certo, transformou o PEC 4 (que ele chumbou) em PEC 40. Tem-nos valido o CDS-PP que por influência da doutrina social da igreja, tem-se oposto a algumas medidas que seriam completamente catastróficas como a TSU. Aliás, o CDS-PP situa-se hoje, à esquerda, do atual PSD no espectro político e social.

Mas é preciso “olhar em frente”, agora que temos um “novo governo”, é preciso repensar a estratégia. Por exemplo ao nível da indiscutivelmente necessária e urgente reforma do Estado onde há tanto, mas tanto, onde cortar (sem despedir funcionários nem cortar salários e pensões), seja através dos Milhões a consultores (que são pagos para nos dizerem o que sabemos já) ou a sociedades de advogados para elaborar leis medíocres. O Estado tem nos seus quadros gente qualificadíssima para estas e outras tarefas exigentes. Nunca nenhum político conseguiu explicar-me porque é que o Estado, que tem milhares de juristas nos seus quadros, gasta mais de 100 milhões de euros por ano, imagine-se, em pareceres jurídicos. Mas claro, todos sabemos porquê.

(texto publicado na edição de 1 de agosto de 2013)