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Mercado

Moldes da região chegam a 83 países e são indústria global

A indústria, considerada ágil e moderna, tem um pólo importante no distrito de Leiria e vende para 43% dos países

A indústria de moldes, com 65% das empresas instaladas na região, sobretudo no concelho da Marinha Grande, afirma-se à escala global e já vende para 43% dos 191 países. As exportações cresceram 40% no ano passado, muito acima da subida geral do distrito de Leiria.

moldesAlgumas das empresas deste cluster são “responsáveis pela industrialização da generalidade dos produtos que conhecemos e isso é reconhecido globalmente”, afirma Rui Tocha, diretor-geral do Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos (Centimfe).

“O reconhecimento” do Pólo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling e da marca colectiva Engineering & Tooling from Portugal “foi decisivo na afirmação internacional. Os resultados são um aumento sustentado das exportações, revelando a vitalidade de uma indústria moderna, ágil e global”, adianta.

Os moldes representavam há dois anos 10% (148 milhões de euros) das exportações totais do distrito, percentagem que subiu no ano passado, na medida em que o crescimento da indústria ultrapassou em muito a evolução de 14% nas vendas globais da região no exterior (1.685 milhões de euros).

O cluster passou de 364 milhões para 512 milhões de euros em exportações, nos últimos dois anos, o equivalente a 90% do volume de negócios – que evoluiu de 404 milhões para 569 milhões de euros. A maior fatia das vendas no exterior sai do distrito de Aveiro, sobretudo de Oliveira de Azeméis. É também esta região que emprega a maioria dos 7.640 trabalhadores do cluster (53%).

“A força da indústria do tooling está na sua complementaridade e diversidade. Está de facto localizada, principalmente naquelas duas regiões, por razões históricas que estão na sua génese e diferenciam-na. Contudo, estamos a falar de um raio de ação de 180 quilómetros, que no mundo global representam uma única concentração de empresas dinâmicas e diferenciadoras, que atuam globalmente, permitindo uma grande variedade de soluções para os clientes”, explica Rui Tocha.

Empresas apostam em projetos comuns
O setor dos moldes é composto por 450 empresas (290 delas no distrito), com a dimensão de PME, dedicadas à conceção, desenvolvimento e fabrico de moldes e ferramentas especiais. “A marca do cluster corresponde a uma cadeia de valor e de oferta alargada, uma vez que muitas das empresas suportam os seus clientes desde o design à engenharia e aos moldes, mas também, e cada vez mais, ao nível dos componentes e produtos finais. Os clientes podem desenvolver os seus produtos em Portugal, encontrando aqui todas as competências necessárias para o seu desenvolvimento, industrialização e produção”, garante o director-geral do Centimfe.

A marca Engineering & Tooling from Portugal representa ainda, segundo Rui Tocha, “a capacidade de cooperar e competir, de empresas cada vez mais tecnológicas e inovadoras, com empresários de visão internacional e técnicos altamente qualificados, que competem no mercado global”.

O Centimfe e a Cefamol são parceiros estratégicos do cluster, representado na Associação Pool-Net na máxima abrangência (moldes, ferramentas especiais e plásticos). O plano estratégico foi discutido com as empresas durante dois anos. Às instituições cabe apoiar a antecipação e a abordagem ao mercado, o que “só faz sentido se houver grande alinhamento com e das empresas e os restantes intervenientes”.

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