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Tempo incerto: O 1º Centenário da Grande Guerra

O Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes, o Regimento de Artilharia nº4 e a Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo decidiram associar-se para dar início a um programa comemorativo do 1ºCentenário da 1ªGuerra Mundial (1914-1918).

José Vitorino Guerra
José Vitorino Guerra

O Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes, o Regimento de Artilharia nº4 e a Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo decidiram associar-se para dar início a um programa comemorativo do 1ºCentenário da 1ªGuerra Mundial (1914-1918). Aderiu, posteriormente, a Fundação Caixa de Crédito Agrícola e o programa inicial foi apresentado ao Presidente da Câmara Municipal de Leiria, Dr Raul Castro, a quem foi endereçado um convite para a autarquia se associar à organização das comemorações.

Todavia, a comissão organizadora está aberta à participação de todas as entidades do concelho que desejem associar-se à iniciativa, que se estende até 2018.

O programa até agora delineado, a iniciar no próximo Outono, tornou-se possível graças ao entusiasmo e à disponibilidade da Direcção do Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes, ao comando do RAL 4 e, em particular, ao seu comandante, o coronel Luís Henriques.

O trabalho entretanto desenvolvido pela Rodrigues Lobo permitiu celebrar um protocolo de colaboração com o Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova, presidido pela Professora Fernanda Rollo, no âmbito da investigação em História Local e sobre a 1ªGuerra Mundial e a Guerra Colonial, a dinamizar, também, junto da comunidade e das instituições de ensino.

Um dos grandes objectivos da Comissão é pesquisar e inventariar acervos documentais na posse de familiares dos antigos combatentes, a fim de criar uma base de dados a nível local e organizar exposições e outras actividades que permitam recuperar a memória e divulgar os espólios dos que lutaram e morreram em África e na Flandres.

Torna-se fundamental o apoio e o envolvimento da comunidade para concretizar os objectivos da Comissão e aprofundar a construção de uma reflexão histórica e política sobre as razões da Guerra, mas também sobre os problemas da segurança e da paz, num tempo marcado por uma conjuntura particularmente volátil.

É imperativo homenagear os nossos combatentes e não esquecer o passado doloroso, onde a Europa foi perdendo a sua capacidade de afirmação económica, cultural e geopolítica.

Escrito de acordo com a antiga ortografia

(texto publicado na edição de 17 de julho de 2014)