A espécie não é conhecida da maioria dos leitores, mas o peixe-lua habita há muito a costa portuguesa e a região.
No início de agosto, na Praia da Vieira, Marinha Grande, um exemplar da espécie apareceu entre as centenas de carapaus que vieram na rede de pesca de arte xávega. Infelizmente, quando os pescadores identificaram o animal já nada puderam fazer, porque estava sem vida.
E se o peixe na fotografia parece gigantesco e estranho, a realidade é que não está nem de perto nem de longe daquilo que é o verdadeiro peixe-lua.
Conhecido pelo nome científico Mola mola, é o maior peixe ósseo do mundo, podendo atingir mais de 3 metros de comprimento, mais de quatro de altura e pode pesar mais de duas toneladas.
Em maio passado, uma equipa de cientistas da Universidade do Porto esteve no Algarve a estudar o modo com se comportam e alimentam estes animais.
Sem escamas, nadam com movimentos sincronizados das barbatanas dorsal e anal, o que difere dos outros peixes. Vivem nos oceanos Atlântico e Pacífico, nas zonas temperadas e quentes.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Além disso, deitam-se de lado, à superfície, para apanhar banhos de sol (daí serem também conhecidos por ocean sunfish) e para que as aves possam comer o elevado número de parasitas que transportam.
Segundo o Oceanário de Lisboa, onde também existe um exemplar, as “fêmeas produzem até 300 milhões de ovos de cada vez, que são libertados para a água e fecundados pelos machos”.
São, contudo, os movimentos lentos o ponto fraco do peixe que, frequentemente, é capturado em redes de pesca, à semelhança do que aconteceu na Praia da Vieira.
MG
(Notícia publicada na edição de 7 de agosto de 2014