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Sociedade

Alunos sem educação física enquanto chover no pavilhão da EB D. Dinis

Os professores de Educação Física da EB 2,3 D. Dinis, em Leiria, decidiram não dar aulas no gimnodesportivo enquanto não for reparado o piso e substituída a cobertura em fibrocimento.

Os professores de Educação Física da EB 2,3 D. Dinis, em Leiria, decidiram no início do ano letivo não dar aulas no pavilhão gimnodesportivo enquanto não for reparado o piso e substituída a cobertura em fibrocimento.

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Quando não chove, os alunos têm aulas no recinto exterior (foto de arquivo: Joaquim Dâmaso)

A recusa conta com o apoio dos pais e da direção do Agrupamento de Escolas D. Dinis, que já enviou três ofícios à DGEstE – Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares reclamando uma intervenção urgente.

Enquanto isso, os alunos têm aulas no recinto exterior quando o tempo o permite e aulas teóricas quando chove. O problema afeta um total de 36 turmas do 2 e 3º ciclos, bem como outras entidades que solicitam habitualmente autorização para utilizar o pavilhão, tendo sido canceladas todas as atividades previstas.

Nas cartas enviadas à tutela, Madalena Costa, diretora, alerta para a “extrema degradação do equipamento” e para os danos provocados pela “entrada de água da chuva por vários locais, desde o telhado, às janelas e portas”.

Referindo-se ainda a “alguns acidentes causados aos alunos pelas farpas existentes” nos últimos anos, a direção recorda que a requalificação do pavilhão esteve orçamentada pela DGEstE o ano passado e previa a substituição do telhado, bem como a colocação de um novo sistema de iluminação de um novo piso.

Até à data, porém, nada foi feito nem avançado qualquer prazo para a execução dos trabalhos, adianta a responsável. Ao REGIÃO DE LEIRIA, Madalena Costa acrescenta que, numa recente visita à escola, um representante da DGEstE “sugeriu que pedisse alguns orçamentos para remendar os buracos do telhado”.

“Mas a nossa proposta é de substituição do telhado”, reafirma, que já solicitou a intervenção da Delegação de Saúde dada a falta de condições de segurança.

Solidários com a decisão dos docentes e da direção, os pais afirmam-se preocupados com a situação e a ausência de uma intervenção.

“O piso de tacos de madeira encontra-se degradado e chove no interior, devido às inúmeras fissuras e buracos na cobertura do mesmo. Além disso, as tão faladas coberturas de fibrocimento que são prejudiciais à saúde ainda permanecem naquela escola, tendo sido retiradas algumas coberturas somente dos telheiros de acesso/comunicação entre pavilhões, mas nas salas de aulas e outros espaços, continua tudo na mesma!”, denuncia o encarregado de educação Emanuel Corrêa.
Apesar da insistência, o REGIÃO DE LEIRIA não conseguiu obter respostas da DGEstE.

MR

(Notícia publicada na edição de 16 de outubro de 2014)

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