Há um Natal silencioso, sem febre consumista ou embrulhos vistosos, que diariamente transforma a sociedade num espaço mais solidário e fraterno. É um Natal de gente que olha para o seu próximo e sente que pode e deve participar.
Falamos de gente que não procura fama ou recompensa monetária, mulheres e homens que dão muito sem nada esperar receber em troca.
Voluntariado é apenas uma palavra mas, tal como a palavra Natal, encerra uma magia única, um desejo de participar e acrescentar valor a uma sociedade onde os mais desprotegidos são quase sempre vítimas de uma sociedade vergada à conquista de bens materiais.
Todo o voluntariado pode ser considerado um ato de entrega e dedicação ao próximo. É também um serviço de interesse público com uma importância estratégica na inclusão social. O voluntariado é no seu todo um pilar fundamental da vida em comunidade, mas será justo reconhecer que algumas áreas de intervenção social confrontam os voluntários com mundos particularmente difíceis e cruéis.
Os grupos de voluntários que acompanham a vida dos prisioneiros são um exemplo raro de entrega e dedicação ao próximo que deve ser reconhecido. São um exemplo que dá sentido à urgência de fazer o Natal acontecer todos os dias.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Nas prisões ou em espaços de liberdade, o voluntariado é um convite permanente à participação individual no Natal do dia-a-dia.
Boas festas.
Francisco Rebelo dos Santos
francisco.santos@regiaodeleiria.pt
Diretor
(Editorial da edição de 23 de dezembro de 2014)