O V Encontro Internacional de Abadias Cistercienses vai reunir no Mosteiro de Alcobaça, na sexta-feira e no sábado, 18 conferencistas de 11 países da Europa a debater estratégia para a gestão cultural deste património europeu.
Sob o tema “Estratégias para a gestão cultural e turística do património cisterciense europeu” a quinta edição do encontro vai realizar-se na ala sul do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, no distrito de Leiria, tendo como objetivo “a partilha de boas práticas, a discussão sobre os problemas que se colocam ao processo de gestão e a criação de parcerias para o desenvolvimento de projetos conjuntos dedicados ao estudo, conservação, divulgação e promoção do património cisterciense europeu”, refere a organização numa nota à imprensa.
Os trabalhos arrancam esta sexta-feira, dia 10, com a presença da secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, para uma edição marcada pelas intervenções de 18 conferencistas provenientes de 11 países da Europa, na sua maioria gestores de sítios.
Entre os oradores contam-se representantes do Instituto Europeu das Rotas Culturais/ Programa Itinerários Culturais do Conselho da Europa e da Ordem de Cister, como o procurador-geral, Lluc Torcal, e o abade do Mosteiro 2 de Poblet (Catalunha), Octavi Vilà, cujas participações a organização considera “essenciais para a reflexão, dado contribuírem com a perspetiva da Ordem sobre a gestão destes sítios no mundo contemporâneo”.
Além da apresentação do projeto “Rota Europeia de Sítios Cistercienses” e da Rota Cisterciense de Portugal, ao longo dos dois dias de trabalhos serão apresentados estudos de França e da Bélgica, assim como os modelos de gestão cultural e turística do Mosteiro de Alcobaça e de abadias do Reino Unido, Espanha, Polónia e Estónia.
A sustentabilidade das abadias com “comunidades vivas” será outro dos temas em destaque no encontro em que serão abordados os exemplos das Monjas Cistercienses de Rio Caldo (Portugal) e do Mosteiro de Heiligenkreuz (Áustria).
No que respeita ao trabalho em cooperação a sua valorização como um ativo para a gestão patrimonial, o encontro divulgará exemplos nacionais dos mosteiros de Arouca, São João de Tarouca e Santa Maria de Salzedas. Em termos internacionais será ainda apresentado o caso italiano da Abadia de Santa Maria de Morimundo.
O Encontro Internacional de Abadias Cistercienses realiza-se desde 2016 e, nesta quinta edição, enquadra-se no âmbito das comemorações dos 800 anos da mudança da comunidade monástica alcobacense da Abadia Velha para a Abadia Nova, contando com a parceria da Paróquia de Alcobaça.
De acordo com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), o Mosteiro de Alcobaça é um dos maiores e mais bem preservados mosteiros cistercienses em toda a Europa, classificado Monumento Nacional e bem inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1989.
Nesta qualidade, “procura ser uma referência internacional na área da gestão de sítios cistercienses e no contexto das boas práticas da UNESCO, bem como na promoção dos valores europeus comuns como os defendidos no Programa dos Itinerários Culturais do Conselho da Europa”, conclui a nota da DGPC enviada às redações.
