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Batalha

Abandono da ETES do Lis “favorece interesses e premeia prevaricadores”

Afirma o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos

O eventual abandono do projeto de construção da Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas [ETES] em Leiria “cumpre a vontade dos interesses instalados, premeia os prevaricadores e não ajuda o sector da pecuária”, afirma o presidente do Município da Batalha, Paulo Batista Santos.

O autarca reagiu esta noite de quarta-feira, dia 10, ao facto de o Governo não considerar a obra prioritária, salientando que “os espalhamentos nos campos do Lis ou nas margens do rio Lena, como bem sabe a ministra da Agricultura, são uma não solução, porque os terrenos estão saturados há anos”.

“A confirmar-se a decisão do Governo de abandonar o projeto, sem uma alternativa sólida para o grave problema ambiental que vivemos, cumpre-se a vontade dos interesses instalados e premeiam-se os prevaricadores”, salienta Paulo Batista Santos.

Na sua perspetiva, a decisão “também não ajuda o sector da pecuária e aqueles empresários – e são a maioria – que pretendem regularizar a sua situação, porque ficam sem uma alternativa sustentável para o tratamento dos efluentes”.

”Qualquer opção de valorização orgânica que comporte longas distâncias de transporte (para os campos da Lezíria ou do Alentejo), acarreta custos financeiros e ambientais que são incomportáveis”, destaca o autarca, concluindo: “Em suma, mais uma ‘cambalhota’ deste Governo e do Partido Socialista, numa questão essencial para a região, mas que terá de conhecer uma forte reação e desenhar-se uma solução de base regional e intermunicipal”.

A ministra da tutela afirmou na Comissão de Agricultura e Mar, que a construção de uma ETES em Leiria não é prioridade para o Governo.

“De acordo com a Estratégia Nacional para os Efluentes Agropecuários e Agroindustriais [ETES] não está no topo das nossas prioridades”, disse Maria do Céu Antunes, na audição requerida pelo grupo parlamentar do Bloco de Esquerda sobre a poluição na bacia hidrográfica do Lis.

A ministra sublinhou que o Governo entende que a “valorização agrícola, a avaliação orgânica e a valorização energética estão acima disto”.

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