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Desporto

Árbitros de Pombal fazem balanço positivo e acreditam que “Europeu foi uma rampa de lançamento”

Irmãos Daniel e Roberto Martins apitaram quatro jogos e ficaram entre as sete duplas de arbitragem finalistas da competição.

Jure Erzen / kolektiff

“Foi uma experiência fantástica. O nível altíssimo da organização, dos jogos, os pavilhões sempre ‘à pinha’, as cidades todas decoradas com a publicidade do Europeu, em todas as esquinas havia algo alusivo ao evento. Depois, também o facto de estarmos na elite, junto com os melhores árbitros do mundo, arbitrar os melhores jogadores e as melhores seleções. Foi realmente enriquecedor em todos os sentidos”, afirma Roberto Martins, um dos dois árbitros da região que esteve a participar no Europeu de andebol masculino, na Alemanha.

O pombalense fez dupla com o irmão Daniel Martins e entraram no lote restrito de 18 duplas de elite convocadas. Terminaram o EHF Euro 2024 no top10, o que representa um “futuro risonho”, com a esperança de voltar a estar presentes nas grandes competições internacionais que se avizinham.

Em declarações ao site da Federação Portuguesa de Andebol, dizem que o feedback que receberam por parte da Federação Europeia de Andebol (EHF) é satisfatório e que a preparação física para este Europeu foi elogiada: “É um exemplo daquilo que eles pretendem para os árbitros de elite, esta forma física e esta entrega, esta dedicação ao treino, que é uma imagem positiva dos árbitros, do desporto e do andebol em particular”.

A dupla da Associação de Andebol de Leiria esteve em três cidades – Munique, Berlim e Colónia – e apitou quatro jogos, numa experiência que garantem nunca mais esquecer.

Daniel Martins e Roberto Martins mereceram a confiança da Federação Europeia de Andebol para dirigir dois duelos na Ronda Preliminar e outros tantos no Main Round. Agora, os irmãos que caminham juntos no mundo da arbitragem há 23 anos (14 dos quais enquanto internacionais), querem continuar a voar nos grandes palcos internacionais.

O jogo de estreia, numa fase final de um Europeu, aconteceu a 12 de janeiro, na cidade de Munique, dois dias depois do arranque oficial do Europeu. Na emblemática Olympiahalle, dirigiram o Islândia – Sérvia, a contar para a 1.ª jornada do Grupo C da Ronda Preliminar, que terminou com um empate a 27 golos.

Dois dias depois, nova nomeação, mas para Berlim, no encontro que colocou frente a frente a Macedónia do Norte e Alemanha, na Mercedes-Benz Arena completamente preenchida, não estivesse a jogar a seleção da casa, que venceu de forma tranquila (25-34), à Jornada 2 do Grupo A.

Seguiram-se mais dois jogos, no Main Round I e ambos na mítica Lanxess Arena, em Colónia. O primeiro a 18 de janeiro, entre Hungria e Áustria, que fechou com um triunfo dos austríacos, pela margem mínima (29-30). A despedida do EHF Euro 2024 para os árbitros portugueses foi a 22 de janeiro, a contar para a 3.ª jornada do Main Round I, entre Croácia e Islândia (30-35).

“Ficámos até ao final do Main Round, só no último dia é que se decidiu quem eram as seis duplas que iam estar no Final Weekend e, das sete que restavam, fomos nós a preterida. Também porque as outras duplas que lá estavam são já muito conceituadas, todas elas com finais da EHF Champions League, EHF European League, Campeonatos da Europa, Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos no currículo. Para nós foi um grande prestígio termos ficado com estes árbitros até ao fim e, como foi o nosso primeiro Europeu, achamos que foi a cereja no topo do bolo”, diz Roberto Martins.

O árbitro faz um balanço positivo e acredita que o futuro poderá trazer mais momentos ao alto nível: “Penso que este Europeu foi uma rampa de lançamento. Nas últimas épocas, principalmente nas duas anteriores, temos sido aposta da Federação Europeia de Andebol, esta nomeação também apareceu fruto do trabalho que temos desenvolvido, com estas exibições que fizemos no Europeu só podemos projetar coisas boas para o futuro. Também nos foi dito que vão contar connosco. Da nossa parte, compete-nos continuar a trabalhar, a apostar na arbitragem, a afirmarmo-nos no panorama internacional, com a noção de que nos aumenta a responsabilidade. Temos, pelo menos, mais oito anos pela frente”.

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