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Sociedade

Praça da Fruta deverá voltar ao centro das Caldas da Rainha em julho

A praça da fruta foi transferida para a Expoeste – Pavilhão das Feiras a 17 de abril devido às restrições provocadas pela covid-19.

Praça da fruta em Caldas da Rainha

A Praça da Fruta das Caldas da Rainha, deslocada para a Expoeste devido à pandemia da covid-19, deverá voltar em julho à Praça da República, com novas regras de circulação, anunciou na terça-feira, dia 9, a autarquia.

“Contamos que em julho haja condições e autorização das autoridades de saúde pública para voltar a realizar a Praça da Fruta na sua localização original”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Tinta Ferreira (PSD).

A praça da fruta, um dos raros mercados do país a céu aberto, foi transferida em 17 de abril para a Expoeste – Pavilhão de Feiras, devido às medidas de contenção da pandemia da covid-19.

A câmara assumiu na altura tratar-se de “uma mudança provisória” para apoiar os vendedores locais que durante o Estado de Emergência ficam impedidos de exercer a atividade.

A mudança para um espaço coberto, com condições higieno-sanitárias e estacionamento levou a que alguns dos vendedores tenham defendido que o mercado diário se mantenha, de futuro, naquele local.

Questionado pela Lusa, Tinta Ferreira descartou essa possibilidade, vincando que, “além da função económica, o mercado é um símbolo e um atrativo turístico da cidade que deve manter-se sempre no tabuleiro original”.

Face à pandemia, o regresso ao tabuleiro vai obedecer a “novas regras”, entre as quais a criação de “uma aplicação informática que permita gerir dia a dia a sua ocupação”, espaçando a localização das bancas “nos dias em que nem todos os vendedores estejam presentes”, explicou o autarca.

A câmara vai ainda implementar “corredores de circulação de sentido único” para os consumidores e a “proibição de tocar nos produtos expostos” no mercado, onde serão obrigatórios o uso de máscara e a desinfeção das mãos.

O regresso à localização de origem está também a ser defendida numa petição assinada por 280 subscritores, que apelam a que a câmara “não desvie os seus recursos mantendo o mercado da Praça da Fruta longe do seu lugar original para além do tempo estritamente necessário por motivos de saúde publica”.

Os subscritores defendem que a autarquia invista na resolução dos “quatro principais problemas da praça”, nomeadamente “a falta de condições durante o inverno, as poucas sombras durante o verão, a logística envolvida no montar e desmontar da praça e as questões sanitárias”.

À Lusa, Tinta Ferreira admitiu “alguma dificuldade na montagem e desmontagem dos toldos” e a possibilidade de “a câmara estudar que apoios poderá dar nesse sentido”.

Já as condições do desconforto relacionadas com o clima, sobretudo no verão e no inverno, serão “difíceis de solucionar num mercado a céu aberto” cuja solução, “sem desvirtuar a praça, obrigaria a um projeto de suporte da cobertura nos prédios circundantes, num investimento elevadíssimo”, acrescentou.

A Praça da Fruta funciona no mesmo local, inicialmente conhecido por ‘rossio’ desde o século XV, tendo sido deslocada temporariamente em 2014 para a requalificação do tabuleiro de calçada portuguesa e uniformização das bancas com toldos estilizados fornecidos pela câmara.

A intervenção, orçada em 350 mil euros, fez parte de um projeto de regeneração urbana.

De acordo com o boletim epidemiológico da OesteCim, Caldas da Rainha registou desde o início da pandemia 60 casos positivos, dos quais 27 se mantêm ativos, 30 estão recuperados e três pessoas morreram.

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