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União dos Sindicatos de Leiria reclama novo “rumo político” para o emprego

A União dos Sindicatos do Distrito de Leiria (USDL) reclamou hoje um novo rumo político para o país que aposte no crescimento económico, dê prioridade à criação de mais e melhor emprego e garanta os apoios sociais.

A União dos Sindicatos do Distrito de Leiria (USDL) reclamou hoje um novo rumo político para o país que aposte no crescimento económico, dê prioridade à criação de mais e melhor emprego e garanta os apoios sociais.

Num comunicado, no qual analisa o crescimento do desemprego no distrito em 2010 e as “perspetivas de novo aumento em 2011”, a USDL defende que a solução está numa “política que invista na dinamização do setor produtivo” para dar resposta “às necessidades do mercado interno” de forma a reduzir as importações e o endividamento externo do país.

“Um novo rumo que assuma a melhoria do poder de compra dos trabalhadores e da população em geral, enquanto instrumento fundamental para assegurar uma justa distribuição do rendimento, combater as desigualdades, estimular a economia e gerar mais postos de trabalho”, pede a União dos Sindicatos.

Segundo a USDL, que cita dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em dezembro de 2010 existiam 19.042 inscritos nos centros de emprego do distrito, o que representa um crescimento de 1,65 por cento face a igual período de 2009.

O coordenador da USDL, José Fernando, manifestou à agência Lusa “bastante preocupação” face ao aumento do número de desempregados e disse temer um agravamento em 2011.

“Nestes primeiros dias do ano, continuam a encerrar empresas no distrito e tudo indica que o desemprego se vai agravar”, afirmou José Fernando, lamentando que “muitos desempregados já não possam auferir do respetivo subsídio, com a agravante de serem atingidos por cortes noutras prestações sociais”.

Para o sindicalista, “é necessário que se mudem as políticas para que os desempregados, mas também os trabalhadores, tenham alguma dignidade de vida”.

O coordenador da USDL, afeta à CGTP-IN, adiantou que o ano passado, no distrito, fecharam “mais de 245 empresas”, o que representa um crescimento de 10 por cento em relação a 2009.

O responsável reconheceu que o número de empresas encerradas não lhe causa surpresa devido à crise económica do país e apontou os setores da construção civil e comércio e serviços como os “mais problemáticos neste momento” em Leiria

José Fernando alertou ainda que “há patronato que se aproveita da situação económica do país e, embora as suas empresas deem lucro, justificam a recusa em aumentar os salários dos trabalhadores com a crise”.

“Há, também aqui, um ataque aos trabalhadores”, advertiu o coordenador da USDL.

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