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Vidrexport devolve cristalaria manual à Marinha Grande

A empresa Vidrexport, que labora na Martingança, concelho de Alcobaça, planeia transferir-se para a zona industrial da Marinha Grande nos próximos meses, a fim de ocupar as instalações da Crisvidro, que recentemente cessou atividade.

A empresa Vidrexport, que labora na Martingança, concelho de Alcobaça, planeia transferir-se para a zona industrial da Marinha Grande nos próximos meses, a fim de ocupar as instalações da Crisvidro, que recentemente cessou atividade.

O negócio está feito e significa que a cristalaria manual regressa à capital vidreira, meses volvidos. Isto porque, quando a Crisvidro encerrou em outubro, desligou-se o último forno que ainda alimentava peças sopradas à cana.

Nesta operação, a Vidrexport absorve 17 funcionários da Crisvidro, elevando para 47 o número total de trabalhadores.

Segundo Hermenegildo Santos, um dos sócios, a Vidrexport aumentou a faturação em 2012 para cerca de 2 milhões de euros. O projeto está formatado para os mercados externos, na Europa, de onde chegam 80% das encomendas, explica o responsável, que gere a empresa em conjunto com Paulo Simão.

Quando começaram, na década de 90, tinham apenas quatro funcionários. Atualmente, a Vidrexport é a única vidreira portuguesa que fabrica telhas de vidro e também a única com capacidade para entregar pequenas séries de garrafas.

No resto do tempo, produz peças para decoração e iluminação. Segundo Hermenegildo Santos, a progressiva automatização dos processos tem sido a chave “para ter preço competitivo” e competir com a concorrência internacional. Mas, ainda assim, permanecem ao serviço quatro equipas de vidreiros que trabalham em forno manual.

Com a mudança para as antigas instalações da Crisvidro, a empresa da Martingança vai começar a utilizar um novo forno, a construir de raiz. E ao mesmo tempo ganha espaço: praticamente o dobro da área fabril.

Em 2011, as exportações de vidro do concelho de Alcobaça, onde estão localizadas sobretudo pequenas unidades industriais, e a Atlantis, aproximaram-se dos quatro milhões de euros.

Já na Marinha Grande, onde operam três grandes garrafeiras, as vendas ao estrangeiro rondaram os 80 milhões.

(Notícia publicada na edição de 31 de janeiro 2013)

Cláudio Garcia
claudio.garcia@regiaodeleiria.pt

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