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Sociedade

Empresário mantém protesto na Bosogol

O subempreiteiro Carlos Pinto continua esta sexta-feira em frente às instalações da Bosogol em Parceiros, Leiria, reclamando o pagamento de 37 mil euros.

O subempreiteiro Carlos Pinto continua esta sexta-feira em frente às instalações da Bosogol em Parceiros, Leiria, reclamando o pagamento de 37 mil euros.


Foto de Joaquim Dâmaso“Ou pagam o que me devem ou fecham as portas”, disse hoje de manhã o empresário de Gondomar, empenhado em manter o protesto que iniciou às 09h00 de quinta-feira, 1 de Fevereiro.

Carlos Pinto suspendeu a greve de fome e já não se encontra deitado diante da entrada principal, mas mantém a sua carrinha a barrar o acesso ao estaleiro. Ontem à noite, esteve reunido com o administrador da Bosogol, António Vieira, que terá prometido entregar-lhe dois mil euros.

Carlos Pinto, de 35 anos, é casado e tem dois filhos menores. Proprietário da empresa Anettconstroi, trabalhou durante quatro meses em exclusivo para a Bosogol em 2010, na construção de lojas do Grupo Sonae em Portugal e Espanha, e tem facturas pendentes desde Outubro.

Na passada quarta-feira, o banco recusou-lhe um novo financiamento, o que o fez dirigir-se para Leiria, no dia seguinte, a fim de resolver a situação com a Bosogol. “Estou disposto a deixar aqui os 37 mil euros para o mercado saber e mais ninguém ser iludido”, afirmou ao REGIÃO DE LEIRIA, explicando que precisou de se endividar para fazer face aos seus próprios compromissos. Ainda assim, deve o salário de Janeiro a 16 funcionários e tem prestações da Segurança Social e de uma viatura em atraso. A vencer encontra-se uma livrança e um crédito bancário. “Com os bancos não posso falhar, eles não esperam. O plafond que tenho já está a zero”, explica.

Bosogol sem dinheiro

Ontem, António Vieira disse ao nosso jornal que a Bosogol não pode pagar porque não tem dinheiro. De acordo com o administrador, a empresa de construção e obras públicas, uma das maiores do distrito, “tem créditos penhorados” e “não consegue receber”.

“Mesmo que queira pagar, não pode” porque “não tem um tostão”, reconheceu. As dívidas (fornecedores e banca) ascendem a 25 milhões de euros. Segundo António Vieira, há salários em atraso, mas a construtora espera sinal verde dos bancos relativamente a um financiamento que permita viabilizar a actividade.

Cláudio Garcia
claudio.garcia@regiaodeleiria.pt


Secção de comentários

  • rjn disse:

    Boas!! Alguem sabe qual foi a resolução destre problema ?? Pelo que sei O sr. no Sabado ja não estava em frente a Empresa…. As noticias foram abafadas na Comunicação social… so foi publicado na Sexta Feira no Telejornal ao Almoço…. Ao Jantar Ja não se falou….Estranho ….Ja que saiu para a comunicação social porque é que não saiu tambem a forma como foi resolvido….seria importante, ja que muita gente pelo que sei ajudou este Sr. e de certo gostaria de saber qual o final …!!!!!

  • Nelson cravo disse:

    todas as coisas cada vez mais estão acontecer de uma forma tão descabida, sem ética, nem moral, que faz sentir mal qualquer cidadão honesto. A impunidade prevalece, perante os grandes prevaricadores, que como vampiros, se lançam na direcção de suas vitimas. será que no geral de repente todas as grandes empresas começaram a dar prejuizos? sem lucros. A falta de honestidade, e de caracter, associados a má gestão, é o cerne da questão.

  • RPS disse:

    A mim tambem me devem dinheiro e muito, mas eles andam em BMW e Porches.
    Vamos todos juntar-nos e fazer alguma coisa, onde anda o dinheiro de tantas obras que fizeram???????????

  • ANONIMO disse:

    Á MINHA FIRMA TAMBEM ME DEVE,E ENGANARAM-ME BEM,DIZIAM QUE A FACTURA ERA PAGA A 30DIAS,JÁ PASSARM MAIS DE3MESES E NADA,MAS PARA ELES OS CHEFES Á SEMPRE DINHEIRO.
    COM OS GRANDES CARROS QUE ANDAM NA RUA,ESTE PAÍS ESTÁ CHEIO DE CALOTEIROS.

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