A Fundação Floresta Unida pretende envolver cerca de dois mil voluntários na plantação de 20 mil árvores no Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros, assegurando 30 anos de protecção garantida, disse à Lusa o seu presidente, David Lopes.
A campanha está agendada para 22 de Outubro e vai decorrer na freguesia de Alcaria, numa área pública de 20 hectares, na qual irão crescer sobretudo carvalhos, sobreiros e pinheiros.
Esta é a primeira acção no distrito de Leiria e, nesse dia, está prevista a colaboração máxima de dois mil voluntários, por razões de segurança.
David Lopes explica que “a maioria dos voluntários é recrutada entre as empresas patrocinadoras, em ‘regime’ de responsabilidade social, já que tudo o que é lá plantado passa a ser património público”.
O investimento em Porto de Mós acontece na sequência da apresentação de uma candidatura destinada a reabilitar uma área que foi destruída pelos incêndios há alguns anos.
“É bom destacar que nenhuma empresa que quisesse retorno financeiro iria investir ali na plantação de árvores, seja pelos acessos, pelo declive ou pela maquinaria necessária”, disse o responsável da Floresta Unida.
Esta acção insere-se “no maior esforço de reflorestação sustentável a nível mundial”, sublinhou David Lopes, lembrando que a Fundação já plantou 880 mil árvores em Portugal desde 2003.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>“É essencial perceber a importância de assegurarmos a manutenção durante três décadas: basta dizer que a plantação dessas 800 mil árvores equivale, em termos de custos, à plantação de 30 milhões de árvores sem qualquer protecção”, acrescentou.
A protecção das árvores durante 30 anos é garantida por uma equipa multidisciplinar que em Porto de Mós realizou um estudo sobre a fauna e a flora local dos últimos 100 anos e analisou dados como a exposição solar e o tipo de solo.
Uma das preocupações do plano de gestão “é a plantação de árvores que criem entre cada uma das espécies uma ligação que dificulte ou retarde possíveis incêndios”, adiantou David Lopes.
O projecto será apresentado ainda em S, nas Grutas de Mira de Aire.
A Floresta Unida é uma organização sem fins lucrativos que desenvolve acções que garantam o desenvolvimento sustentável do património florestal. Tem definidas 42 áreas de actuação em Portugal, mas também possui no currículo campanhas em Espanha, França, Itália e Chile.
Manuela-Lions TRofa disse:
Eu também lá estive. Foi fantástico, até o pó, eh,eh. Depois desta já estive na Lousá e espero participar em mais.
Palmira Pereira disse:
Eu estive lá… pena que tive de "comer" tanto pó! mas adorei fazer parte das 1.200 pessoas que se preocupam com o nosso país. Bem hajam.
Carlos disse:
Parabéns pela iniciativa. É pena que não haja mais iniciativas destas, mas, infelizmente, são sempre muito raras!
João disse:
Uma boa iniciativa. E a questão da protecção foi muito bem pensada. Plantem, mas deixem-nas crescer e viver.
*** Esta resposta NÃO foi escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***