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Culturismos: A21, sempre a fundo

Nos últimos anos o conceito de rádio evoluiu (ou regrediu) para novos formatos e deixou de ser um meio de comunicação para, na grande maioria dos casos, ser um puro instrumento de entretenimento descartável, que se usa como banda sonora de fundo para actividades do quotidiano ou para fazer esquecer o tempo que se passa no trânsito.

Hugo Ferreira, hjferreira@gmail.com

Nos últimos anos o conceito de rádio evoluiu (ou regrediu) para novos formatos e deixou de ser um meio de comunicação para, na grande maioria dos casos, ser um puro instrumento de entretenimento descartável, que se usa como banda sonora de fundo para actividades do quotidiano ou para fazer esquecer o tempo que se passa no trânsito.

No entanto, ainda há quem entenda que a rádio é um meio de comunicação e de divulgação. Pelo menos é o que ainda se vai estudando num curso superior de comunicação como o que se lecciona em Leiria, em que um dos seus alunos resolveu apresentar como trabalho de projecto uma estação de rádio online.

Luís Carvalho criou e mantém a Alternativa 21, uma emissão 24 horas por dia no ar, ainda que apenas online.

Prepara os alinhamentos, grava as horas e os spots, trata dos cuidados técnicos, pesquisa os novos lançamentos, apoia projectos locais, mantém o site e as redes sociais e, tendo arrancado há poucos meses sem apoios nem publicidade, consegue actualmente ser uma das emissões locais mais ouvidas no registo online.

Quem vai ao site da A21 pode estranhar a pouca voz mas encontra seguramente uma selecção musical criteriosa e a indicação do tema em tempo real, acompanhada pela promoção de eventos e programas de autor feitos por quem ainda acha que o bichinho da rádio é um vício.

O Luís personifica uma das minhas músicas favoritas em que se canta “Don’t call me no disc jockey, I’m
a human radio station”.

A Alternativa 21 está em www.radioalternativa21.com.

(texto publicado na edição em papel de 25 de Novembro de 2011)