Aproxima-se uma época especial. Após três meses a baixar, o Sol atinge o seu ponto mais baixo no horizonte para voltar a subir. É o solstício de Inverno que desde a antiguidade é celebrado como o (re)nascimento do deus Sol e ao longo da história foi incorporado em diversas tradições sob a forma de data de nascimento de deuses, como é o caso de Mitra, Dionísio ou Jesus.
As superstições estão a desaparecer, mas o evento continua a ser celebrado de uma maneira especial e única. É o pretexto por excelência para reencontros familiares, e é celebrado com grandes jantaradas e abundância de lembranças gerando o consumismo, mal-amado por muitos, mas inegavelmente ligado a esta época.
Mas o que é consumismo para uns é sobrevivência para outros. Muitos são os estabelecimentos comerciais que atravessam o ano com dificuldade na esperança de equilibrarem as contas nesta altura do ano. Infelizmente, cada vez mais as pessoas recorrem aos “shoppings”, abandonando o comércio tradicional e os centros das cidades, condenando ambos a uma morte inglória.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Evitar esse desfecho é um dos desafios do poder local e não me parece que a opção de cruzar os braços em nome da contenção orçamental seja o caminho a seguir. É nas alturas difíceis que se vêem os grandes decisores e estou certo que muito pode ser feito com criatividade e cooperação entre as partes envolvidas.
(texto publicado na edição em papel de 2 de Dezembro de 2011)