Os deputados eleitos por Leiria reclamaram hoje a instalação em Monte Real da futura base da companhia de aviação “low cost” easyJet, cuja localização será anunciada em abril e que está a ser negociada com o Governo.
“Entendemos que a Base Aérea de Monte real reúne condições únicas de atratividade pelas excelentes condições técnicas, ambientais e de acessibilidade”, sublinhou o deputado do PSD, Paulo Batista, no final de uma reunião em Leiria que juntou ainda os parlamentares eleitos pelo PS e CDS-PP.
Tal como Paulo Batista, o deputado independente eleito pelo PS, Basílio Horta, destacou o baixo investimento necessário para concretizar esta operação.
A base de operações da easyJet “tanto pode ficar ao lado do aeroporto da Portela, como pode vir para aqui. E nós queremos que fique aqui”, enfatizou Basílio Horta, defendendo que esta possibilidade deve ser “colocada na agenda do Ministério da Economia”.
Os deputados informaram ainda que irá ser pedida uma audiência ao Governo com o intuito de defender esta e outras pretensões.
A easyJet assinou em outubro do ano passado com o Ministério da Economia um memorando em que se dispõe a trabalhar em conjunto com o Governo português na avaliação e análise de possíveis infraestruturas alternativas à Portela, mas sublinhou que esta terá de ser “robusta”, uma vez que a companhia “low cost” já movimenta dois milhões de passageiros na capital portuguesa.
A ideia é abrir uma base aérea em Lisboa em abril de 2012, que vai permitir criar 100 postos de trabalho.
No final da reunião de trabalho dos deputados, o socialista João Paulo Pedrosa explicou que o encontro hoje realizado serviu também para consensualizar uma tomada de posição sobre o novo modelo de reorganização do setor do turismo anunciado pelo Governo.
Os parlamentares defendem a criação de uma região capaz de unir entidades turísticas como as de Leiria-Fátima, Oeste e Templários, potenciando circuitos como os de Tomar, Fátima, Batalha e toda a zona Oeste.
A solução apresentada pelos deputados surge após a posição assumida pela Associação Nacional das Entidades Regionais de Turismo que quer o Governo divida o país em sete regiões, cinco com base nas NUT II e duas que correspondam às áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto.
Paulo Batista, por seu turno, sublinhou a necessidade de um maior envolvimento dos privados e o desejo de que as futuras entidades sejam criadas a partir de um “maior nível de exigência na gestão dos recursos e um modelo de financiamento que as torne sustentáveis”.
Lusa
Francisco Silva disse:
A Easyjet não gosta de voar para aeroportos secundários. Muito dificilmente aceitaria voar para tão longe de Lisboa. Já a Ryanair ou outras low cost veriam com agrado a possibilidade de voar para Monte Real (desde que as taxas de aeroporto fossem muito mais baixas que em Lisboa ou Porto).