Promover de forma a impelir ao desejo e à aquisição, é o objetivo da publicidade. Esta surge-nos quotidianamente e, como se usa dizer, pintada das mais variadas formas – fazendo prevalecer a forma ou a função. O certo é que a riqueza da linguagem publicitária é enorme e os meios de que ela se serve inesgotáveis.
Tradicionalmente, quando pensamos em Publicidade, vem-nos a ideia do spot de TV. Duas dúzias de segundos onde a imagem é obrigada a valer as tais mil palavras e que, por repetição, desperta vontades. Mas há outros meios, sendo o objetivo sempre o de aumentar o desejo do usufruto do nosso objeto publicitado no recetor da mensagem.
Lembro-me de em pequeno ouvir a varina apregoar uma panóplia de dizeres que incitavam o freguês a comprar. Recordo-me do amolador passar por mim com a Flauta de Pan a espalhar pela “freguesia” a sua presença. Tenho ideia de ficar com água na boca sempre que desvendava uma castanha, assada nas brasas do momento, num dia de inverno, depois do pregão “quentes e boas” me convidar à compra.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Seja o “homem” da bolacha americana num qualquer areal do nosso litoral, ou a mercearia da esquina ao colar cartolinas nos vidros da montra a comunicar a promoção do momento, o certo é que diariamente somos confrontados com a tentativa de nos cativarem a atenção.
(texto publicado na edição em papel de 13 de janeiro de 2012)