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Mercado

Indústria dos moldes precisa de mão-de-obra qualificada

Exportações subiram 15% no ano passado e as perspetivas para os próximos meses são boas, diz a CEFAMOL

A indústria de moldes tem apostado na formação de recursos humanos, vem incorporando engenheiros, mas sente dificuldade em encontrar e fixar mão-de-obra qualificada, diz João Faustino, recentemente eleito para a presidência da CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes.

“Sendo [esta] uma indústria de tecnologia e conhecimento, a formação e atualização é um imperativo”, afirma o dirigente, explicando que não falta emprego qualificado no sector, faltam, sim, trabalhadores com o perfil adequado.

As principais fábricas de engineering & tooling atravessam um bom momento. As exportações cresceram 15% em 2011, com especial incidência no Brasil (80%), Polónia (50%), França (50%) e Espanha (17%). E “existem boas perspetivas para o corrente ano”, embora num contexto de “instabilidade do mercado”, nota João Faustino.

No futuro, “os clientes devem, cada vez mais, ser vistos como parceiros de negócios” e “a flexibilidade será a tónica para as empresas poderem sobreviver”, considera.

Fruto do trabalho desenvolvido nos últimos anos, em particular na divulgação de competências, o sector está a beneficiar de um retorno gradual de clientes que se tinham deslocalizado para a Ásia. Regressam afugentados por problemas a nível de qualidade, custos de manutenção durante o processo produtivo e questões ligadas à confidencialidade dos contratos.

Mas os empresários portugueses querem mais. E lutam para afirmar a fileira dos moldes como suporte à industrialização de qualquer produto à escala global. Uma mensagem que pode servir para atrair investimento direto do estrangeiro para Portugal, acreditam.

As prioridades da nova direção da CEFAMOL, eleita para o biénio 2012-2014, passam pela dinamização do associativismo e pela cooperação com concorrentes, clientes, fornecedores e centros de saber, entre outros agentes da cadeia de valor. “Há que criar sinergias e gerar complementaridades para responder de uma forma cada vez mais rápida e eficiente às necessidades e anseios dos clientes”, conclui João Faustino, que lidera o grupo empresarial TJ Moldes.

A associação vai também acompanhar a aplicação da linha de crédito aos longos ciclos de produção e a manutenção da atividade do pólo de competitividade.

(notícia publicada na edição de 20 de abril)


Secção de comentários

  • Acácio Tempero disse:

    Isto só vem mostrar uma falta de conhecimento,e experiencia de vida de quem tem assumido o PODER ao longo dos anos. Somos um país, que tem andado aos trabolhões e sem rumo.Com todo o respeito , por todas as profissões, e pela liberdade de cada um escolher fazer o que mais gosta, sinto que quem escolhe ser poder, deve saber, ou procurar saber, o que é mais conveniente, para o seu povo, país e ao mundo. O que me parece olhando o meu país: Exemplo:Temos jornalistas que não tem trabalho, temos puplicações que ninguem lê, temos muitos gestores mas as coisas não correm bem , temos muitos cursos de direito mas a justiça não funciona, temos muitos economistas mas não temos dinheiro….Quermos mão de obra para produzir produtos apalpaveis, e não temos. Parece-me que é preciso planificar…E o que é global deve de ser discutido globalmente.

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