Em 1995, desenvolvi a minha atividade profissional na então denominada Associação de Municípios da Alta Estremadura. Foi uma época intensa e de árduas negociações com o poder central, com o governador civil (Carlos André), deputados e autarcas da região (recordo Lemos Proença, Raul Castro, José Ferreira e Álvaro Órfão, entre outros) a lutarem afincadamente por mais e melhores apoios para a nossa região.
Um dos projetos que mais tempo ocupou aos políticos dessa época foi o da tentativa de abertura ao tráfego civil do aeroporto de Monte Real. Recordo-me de incontáveis reuniões com o ministro da Defesa e com o chefe de Estado Maior da Força Aérea, na tentativa de conduzir os decisores políticos e militares a uma solução que permitisse o usufruto daquela extraordinária pista pela aviação civil.
O resultado deste gigantesco esforço foi nulo, uma vez que nunca foi possível encontrar uma solução favorável aos interesses das autarquias e da região, pois o principal argumento era irrefutável: a NATO não o permitia.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Serve esta história para vos dizer que ainda hoje não entendo por que se insiste neste tema, uma vez que há muito se sabe ser essa uma solução impossível.
Concentrem-se isso sim, os políticos da região, em fazer de Monte Real um destino turístico de excelência, alicerçado naquilo que de melhor a vila tem: as termas.
(texto publicado a 7 de setembro de 2012)