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Quilómetro 130: Bairro dos Capuchos

Na década de 70 do século passado, o Bairro dos Capuchos em Leiria teve um desenvolvimento urbanístico assinalável.

Cláudio de Jesus, Engenheiro do Ambiente claudiojesus2012@gmail.com

Na década de 70 do século passado, o Bairro dos Capuchos em Leiria teve um desenvolvimento urbanístico assinalável. Assente sobretudo num vasto conjunto de prédios de três e quatro pisos e algumas moradias, nele se instalaram inúmeras famílias de Leiria ou acabadas de chegar a Leiria, muitas delas provenientes das ex-colóni­as. Jovens casais na faixa etária dos 30 anos, escolheram o Bairro dos Capuchos para aí constituírem família e educarem os seus filhos. Eu próprio me confesso, sou fruto dessa geração de “filhos dos Capuchos”.

Passados quase 40 anos, do original desse projeto urbanístico e imobiliário, pouco mais resta que os prédios, as ruas recentemente alcatroadas e uma parte dos habitantes originais. Quem lá vive hoje? Alguns jovens casais, que foram ocupar casas de segunda e terceira propriedade, e bastantes jovens do ensino superior politécnico que, fruto da proximidade aos seus estabelecimentos de ensino, ali arrendam quartos durante o seu período de formação académica.

Não se vê é nada de novo. Nem um rasgo de inovação ou de modernidade. O “morro dos Capuchos” podia albergar um centro de educação ambiental. Nas traseiras do bairro, já podia existir um centro cívico. Ou então esse centro já podia estar instalado num dos diversos rés-do-chão, hoje sem ocupação em vários prédios do bairro. São só ideias de um “filho dos Capuchos”.

(texto publicado a 9 de novembro de 2012)