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Leva se quiseres: “Escudo”? Um nome interessante

Começa-se a discutir a utilização do nosso ouro (avaliado em mais de 15 mil milhões de euros) como garantia à emissão da dívida pública.

Tiago Granja Carvalho, bancário tiagogranja2000@gmail.com

Começa-se a discutir a utilização do nosso ouro (avaliado em mais de 15 mil milhões de euros) como garantia à emissão da dívida pública. A intenção será obter taxas de juro mais baixas já que os credores estariam mais garantidos. Soa bem? A acontecer seria a cereja em cima do bolo do maior roubo a que este “protetorado” tem estado sujeito.

Depois da fragilização e saque dos principais recursos estratégicos (energia, finanças, trabalho e indústria) chegou a vez do apetitoso metal.

Proponho que antes de se iniciar a discussão (plutocrática) sobre a oferta do ouro como garantia, e atendendo a que estamos a falar de renegociar tratados internacionais, nos permitam abrir uma nova discussão pública (democrática): a possibilidade de emitir uma nova moeda de uso interno (paralela com o euro) em total paridade com o ouro existente no Banco de Portugal. A ideia é que se discuta a possibilidade do país emitir uma nova dívida perpétua (sem prazo de pagamento) a uma taxa de juro zero (sem custos para o contribuinte) e que esta pudesse ser comprada pelo Banco de Portugal e paga nessa nova moeda ao governo do país. Teríamos assim 15 mil milhões disponíveis para, de uma forma bem organizada, reduzirmos má despesa (que nos suga diariamente impostos) e ao mesmo tempo criar condições estratégicas para o resgate da nossa independência. Um “Escudo”. Fica a ideia.

(texto publicado a 30 de maio de 2013)