Assinar

Nortada: Amor e ódios

Quando a direc­tora-adjunta do REGIÃO DE LEIRIA, Patrícia Duarte, simpaticamente me convidou para manter uma crónica nesta publicação, apenas me pediu que o tema abordado fosse, na sua maioria, sobre Leiria.

Filipe-pinto-loureiro
Filipe Pinto Loureiro, empresário flfranca@yahoo.com

Quando a direc­tora-adjunta do REGIÃO DE LEIRIA, Patrícia Duarte, simpaticamente me convidou para manter uma crónica nesta publicação, apenas me pediu que o tema abordado fosse, na sua maioria, sobre Leiria.

Assim tenho feito. Tenho dado conta da minha visão sobre Leiria, a visão de um nortenho, filho de emigrantes, que se mudou para aqui há 12 anos. Entre amor e ódios, entre orgulho e decepção, falta pouco para Leiria ser a cidade onde passei mais anos na minha vida. Se calhar, não vai passar disso…

Cidade pequena, dinâmica, mas sem visibilidade nacional como Viseu, Coimbra ou Aveiro, tem de tudo um pouco: gente boa (pouca) e má (muita), vantagens e desvantagens. Em (quase) todo o lado é assim. Mas eu não vivo em (quase) todo o lado.

E depois de tantas tentativas, de ter fundado uma família, liderado projectos, de ter ajudado sem pedir nada em troca, de tanto ter defendido Leiria nas minhas conversas, parece-me que perdi. Se daqui saísse amanhã, seriam 4 ou 5 as pessoas com quem iria manter contacto. E ironicamente, conheci a única pessoa que admiro aqui, em Leiria. É pouco. Muito pouco. Demasiado pouco.

Não se trata de “Leiria não me merece”. Trata-se de “não mereço isto de Leiria”. E neste momento, sinto mais ódio do que amor. E não gosto.

Escrito ao abrigo do anterior Acordo Ortográfico

(texto publicado na edição de 21 de novembro de 2013)