É vir com olheiras!
Não das “super mega festas” algarvias de gente gira, mas das conversas intermináveis de outra gente gira que por esta altura aterra lá em casa!
Das noites a saltitar de cama em cama, porque a nossa cama ficou longe e aquele colchão rijo e estranho não nos deixa dormir!
É vir com areia nas malas e nos bancos do carro! É vir com as embalagens dos cremes, vazias e pegajosas! É olhar para a máquina de lavar roupa com um misto de amor/ódio! É desejar que o ferro de engomar ganhe vida e se passeie pelos cestos da roupa.
É olhar para a televisão e continuar a não ter saudades dela! É ter um frigorífico vazio! É chegar e olhar para os sapatos de salto alto e pensar: “será que não dá mesmo para trabalhar de chinelos?” É fazer exfoliação diariamente para acabar com as manchas do sol!
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Mas é também desejar voltar a viver tudo de novo!
Ser criança com as crianças! Dividir bolachas americanas! Negociar a compra de gelados…diariamente! Fazer buracos e castelos! Trocar o telemóvel por baldes e pás! Tirar 50 fotografias por dia tentando que a máquina capte algo que só se pode sentir, vivendo!
É olhar para as imagens que agora estão no computador e sentir que se pudesse…. vinha de férias outra vez!
(texto publicado na edição de 11 de setembro de 2014)