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Padel tem potencial para crescer mais e pandemia pode dar uma ajuda

O número de atletas não pára de crescer e calcula-se que sejam mais de três centenas só em Leiria. Também os campos de padel continuam a aumentar.

Entre infraestruturas ao ar livre – as preferidas – e cobertas – ideais nos meses de inverno – haverá duas dezenas de recintos. O último foi inaugurado em agosto, em Avelar, Ansião.

A tendência, dizem os entendidos na matéria, será para continuar a crescer. “Não vejo com grande surpresa o forte crescimento que o padel está a ter. É um desporto por uma forte componente social e de “fácil” aprendizagem. Isso leva as pessoas a experimentar, gostar e ficar. A procura está a aumentar, o que é bom sinal”, afirma Susana Dias, a primeira jogadora da região a competir e a trazer a modalidade para a região centro, no Clube Escola de Ténis de Leiria (CETL), onde há dois campos ao ar livre.

Com o desconfinamento, em maio, o padel foi uma das modalidades cuja prática foi permitida, adotando as recomendações da DGS, e isso gerou maior procura. “Os jogadores voltaram aos campos e quem estava impedido de fazer o seu desporto, procurou um desporto ao ar livre”, diz a jogadora internacional.

Também João Colaço, responsável pelo Ultra Padel Club, o primeiro recinto com campos cobertos no concelho de Leiria, entende que a modalidade saiu favorecida com a retoma da atividade física. “Um campo de padel tem 200 m2, onde estão quatro jogadores. A relação entre a área disponível e o número de utilizadores em simultâneo é muito favorável e possibilita a prática em segurança. O padel tem sido uma excelente opção para a retoma da prática desportiva”, refere.

E acredita que “a tendência venha a ser maior”, ainda que seja necessário chegar a outras franjas, como crianças e jovens, público feminino ou eventos empresariais associados à prática desportiva.

Sobre o número de campos, João Colaço considera que é necessário, no futuro, adotar um plano de promoção da modalidade que envolva clubes, autarquia e escolas, “para não colocar em causa a sobrevivência de ninguém”.

Com perto de 200 praticantes, a maioria informais, Bruno Rego, do Padel Clube de Alcobaça, lembra que os números nacionais ainda estão longe dos de Espanha mas o “crescimento vai continuar”.

“O nosso maior crescimento tem por base pessoas que nunca praticaram e que perceberam que o padel é uma modalidade acessível. Temos famílias inteiras a jogar e começam a aparecer mais jovens”, considera.