A distribuição postal assegurada em contrato de interesse público pelos CTT tem vindo a degradar-se ao longo dos anos, atingindo atualmente um patamar tão reduzido que chega a ser anedótico.
A distribuição de jornais é um dos sinais mais evidentes do desempenho dos correios, permitindo identificar com regularidade a qualidade do serviço prestado.
No REGIÃO DE LEIRIA vivemos diariamente este problema, o mesmo acontecendo com outros títulos da imprensa. No caso dos semanários, muitos jornais anteciparam o dia de saída, tentando dessa forma que, em caso de atraso, a entrega ocorra na mesma semana. Contudo, mesmo com esta antecipação, têm vindo a multiplicar-se os casos em que as entregas só são feitas na semana seguinte.
O não cumprimento dos prazos de distribuição asfixia a vida da imprensa, ameaça a sua existência e fere o direito à informação, consagrado na constituição.
Os CTT aproveitam-se da situação de (quase) monopólio e fazem-se pagar como se fossem uma empresa cumpridora, sem falhas nos prazos de entrega.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>OS CTT podem ter muito sucesso no jogo da bolsa, mas estão cada vez mais distantes da qualidade de serviço público que o país precisa.
Depois das autoridades terem obrigado os CTT a reabrirem estações que tinham sido encerradas em nome do lucro imediato, é chegada a hora de acabar com todas as insuficiências e garantir a normalidade. Só assim será possível cumprir o direito à informação.
Num contrato de concessão haverá diferentes áreas de negócio, umas mais lucrativas do que outras, mas nada justifica o estado de calamidade que se vive na distribuição de correio.
Governo, Parlamento e Anacom devem ser mais exigentes e salvaguardar o interesse das populações.