Há em pleno século XXI, quem não reconheça mérito aos trabalhadores da cultura e das artes subvalorizando o papel dos intermediários culturais na educação e formação de sujeitos sensíveis, informados e detentores de pensamento crítico.
Há quem considere pouco válida a introdução de atividades de sensibilização artística, ou opine que os animadores e mediadores culturais apenas servem para quebrar regras que anos de disciplina levaram a construir, e há ainda os que defendem que as atividades lúdicas e artísticas devem acontecer fora da escola.
Há também hoje o reverso da medalha. Escolas e pessoas que apostam em profissionais da cultura que não só formam, como motivam o gosto pela participação na atividade cultural, estimulam a criatividade e dotam de ferramentas para ver o mundo de outra forma.
Que ajudam a construir as canas de pesca do pensamento criativo, sem descurar regras e valores humanos.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Que sugerem o respeito pelo trabalho artístico, e pelo próximo, e incutem modos de estar em salas de espetáculo, exposições ou situações diárias.
Profissionais recebidos com sorrisos rasgados pelas crianças, que mesmo meses e anos volvidos, reconhecem e apontam as actividades realizadas.
Bem-hajam, porque continuam a acreditar na cultura como um património que permanece no tempo e deixa marcas impossíveis de apagar.
(texto publicado na edição em papel de 20 de janeiro de 2012)