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Associação empresarial de Leiria faz contas a prejuízos causados por vulcão

A Associação Empresarial da Região de Leiria vai realizar um questionário junto dos seus associados para quantificar os prejuízos originados pela nuvem de cinzas do vulcão da Islândia.

A Associação Empresarial da Região de Leiria vai realizar um questionário junto dos seus associados para quantificar os prejuízos para as empresas do bloqueio aeronáutico originado pela nuvem de cinzas libertadas por um vulcão na Islândia.

O presidente da NERLEI, Ribeiro Vieira, explicou à Agência Lusa que o objetivo do questionário “é ter uma ideia do impacto que esta situação teve junto do tecido empresarial da região fortemente exportador, além do impacto ao nível das importações”.

Ribeiro Vieira adiantou que o propósito da iniciativa passa também por perceber que consequências podem ter fenómenos idênticos para a economia da região.

O dirigente disse temer que as consequências económicas sejam “bastantes”, salientando, contudo, que “neste momento é difícil saber que impacto teve nas empresas que exportam ou importam, até porque os efeitos continuam a verificar-se”.

O presidente da NERLEI referiu ter conhecimento de pessoas que “não se puderam deslocar para o estrangeiro devido ao bloqueio aeronáutico”, algumas das quais para a Alemanha, para a participação numa feira.

“Neste caso, soube que foram de autocarro”, esclareceu, apontando ainda outros casos de pessoas, com viagem de avião com destino a Portugal e à região, que tiveram de cancelar.

Já o presidente da CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes, Leonel Costa, declarou à Lusa não ter conhecimento de um impacto de grande gravidade.

“Devo considerar que visitas programadas por potenciais clientes e clientes foram canceladas e acredito que muitas delas acabam por afetar as relações e o seguimento de trabalhos no âmbito dos negócios”, referiu o empresário, que integrou a comitiva do Presidente da República na visita à República Checa.

O dirigente da Cefamol, associação com sede na Marinha Grande, assegurou que houve o recurso à videoconferência “para resolver problemas que eram resolvidos localmente”.

Por outro lado, Leonel Costa apontou o efeito para as empresas ao nível das mercadorias, acreditando, sem precisar, que, “com certeza, houve paragens em algumas empresas”.

“É fácil de entender que isso aconteceu porque muitos produtos ficaram na Alfândega, referiu, salientando que “os últimos resultados estatísticos do distrito indicam que os concelhos de Leiria e Marinha Grande são os mais exportadores”,

O presidente da Cefamol sustentou que o problema “complexo” suscitado pela nuvem de cinzas vulcânicas com origem na Islândia acabou “por prejudicar a economia global, diferentes países, com todo o tipo de negócios”.

Para Leonel Costa desta situação pode retirar-se uma lição: “A natureza é que manda, é que dita”.

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