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Sociedade

Sete bares ficaram totalmente destruídos pelo fogo na Foz do Arelho

Sete bares do cais da Lagoa de Óbidos, na Foz do Arelho, ficaram totalmente destruídos pelas chamas esta madrugada. Perderam-se mais de 20 postos de trabalho.

Sete bares situados no cais da Lagoa de Óbidos, na Foz do Arelho, concelho de Caldas da Rainha, ficaram totalmente destruídos pelas chamas durante a madrugada de hoje. Além do prejuízo estimado em centenas de milhares de euros, perderam-se mais de 20 postos de trabalho.

“Os prejuízos ainda não estão contabilizados, mas serão na ordem das centenas de milhares de euros”, disse à Lusa Miguel Machado, proprietário do Zofcaffé, um dos sete bares destruídos pelas chamas.

Só Miguel Machado estima ter perdido “cerca de 250 mil euros” em máquinas, equipamentos e recheio do bar que explora desde 2006.

“Aqui trabalhávamos quatro pessoas, e nos outros seis bares, além dos proprietários, também todos tinham funcionários”, afirma o comerciante que estima que se tenham perdido “seguramente mais de 20 postos de trabalhos directos e cerca de mais uma dezena indirectos”.

Maria da Luz Barros, proprietária do bar Rainha da Filhós, é outra das comerciantes com perda total no estabelecimento que explora há 19 anos, nove dos quais nas instalações de madeira que agora arderam.

“Temos seguro, mas por agora ficámos sem nada e não sabemos como será o futuro, mas o Verão está acabado”, lamenta.

Os bombeiros receberam o alerta para o incêndio às 5h14, através de um pescador que terá dado a indicação de que estariam dois bares a arder.

Trinta bombeiros das corporações das Caldas da Rainha, São Martinho do Porto e Óbidos, apoiados por dez viaturas, estiveram no local onde as chamas se propagaram aos sete bares existentes no local.

“No início julgámos que eram apenas cinco, porque são todos encostados uns aos outros e com as chamas não se conseguia diferenciar e só no final conseguimos contabilizar sete estabelecimentos”, disse à Lusa José António Silva, comandante dos Bombeiros das Caldas da Rainha.

“Quando chegámos, estava tudo tomado”, referiu ainda ao REGIÃO DE LEIRIA. O fogo foi dado como extinto às 6h30, tendo o rescaldo decorrido até até meio da manhã. Segundo José António Silva, este foi demorado pelo facto de os bombeiros nada poderem remover do interior dos estabelecimentos, até à intervenção da Polícia Judiciária que irá investigar o caso.

Os bares são propriedade da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Tejo e foram construídos em madeira, sob um estrado sintético que ardeu também parcialmente.

A intervenção dos bombeiros impediu que as chamas chegassem a sete quiosques de venda de produtos de praia, localizados próximos dos bares.

“É um revés com consequências incalculáveis para a Foz do Arelho onde o Verão já estava a ser muito fraco e agora ainda vai ser pior”, sublinhou Fernando Horta, presidente da Junta de Freguesia da Foz do Arelho.

Lusa
Martine Rainho
martine.rainho@regiaodeleiria.pt

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