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Sociedade

As microalgas de Pataias que consomem carbono e poupam natureza

Em Pataias, na fábrica Cibra, a produção de microalgas ajuda a reduzir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.

A Algafuel e a Secil desenvolvem em conjunto, desde 2007, um projeto de biotecnologia para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, através da produção de microalgas na Algafarm, instalada junto à fábrica de cimento Cibra, em Pataias.

Algas cibraEm termos gerais e linguagem simples, as microalgas crescem dentro de tubos transparentes com água doce, onde é injetado o CO2.

Os micro-organismos transformam aquele gás em oxigénio, durante o processo de fotossíntese, que é libertado para atmosfera.

O sistema permite o aproveitamento de biomassa, que pode ser sujeita a centrifugação ou secagem, e de algas. A utilização de ambas pode passar pela alimentação, estética, cosmética, saúde e a produção de biocombustíveis.

Segundo os responsáveis pelo projeto, cada três toneladas de dióxido de carbono absorvido resultam numa tonelada de biomassa produzida nas instalações próximas da empresa referência nacional no fabrico de cimento branco.

A estratégia da firma no domínio ambiental passa, sobretudo, pela redução da pegada do carbono, associada à libertação para a atmosfera de CO2, devido ao uso direto e indireto de combustíveis fósseis na produção de energia e ao processo de fabrico do clinquer.

A instalação de microalgas obteve o 1º lugar no Prémio Nacional de Inovação Ambiental, a 5 de junho de 2009, e o 2º lugar (prémio de prata) no European Environmental Press Award, na Feira Internacional Pollutec, em Paris, a 2 de dezembro do mesmo ano – foi o primeiro projeto português a ser distinguido.

“A Algafarm é a maior unidade do mundo com tecnologia de fotobioreatores e a mais sofisticada e moderna do mercado global de microalgas”, segundo a Algafuel.

(Notícia publicada na edição de 24 de abril de 2014)


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