O túmulo de Pedro I, localizado no Mosteiro de Alcobaça, está a ser alvo de uma intervenção de conservação e restauro que deverá prolongar-se por quatro meses, divulgou hoje o mosteiro.
A intervenção, a cargo do conservador-restaurador André Remígio, foi iniciada na segunda-feira, Dia Internacional dos Museus, este ano dedicado ao tema “Museus para a Igualdade: Diversidade e Inclusão”, e que marcou também a reabertura do mosteiro ao público.
O restauro decorre assim “em regime de obra aberta ao público”, divulgou o mosteiro num comunicado em que explica que os túmulos do rei Pedro e de Inês de Castro, ambos expostos naquele monumento, “apresentam patologias várias, nomeadamente, sujidade, deposição de detritos, colonização biológica e existência de inúmeros fragmentos de silicone”, remanescentes dos moldes efetuados no início da década de 1990, para as reproduções que fizeram parte da exposição Europália (1992), dedicada a Portugal, em Bruxelas.
Vestígios de silicone que, segundo o comunicado, “são bastante prejudiciais ‘à saúde’ da pedra, uma vez que impermeabilizam a superfície, impedindo a sua respiração, o que provoca nas zonas afetadas a sua deterioração”.
Os túmulos de Pedro e Inês de Castro constituem obras-primas da tumulária europeia do século XIV e são expoentes máximos da tumulária medieval portuguesa.
No comunicado às redações, a direção do mosteiro sublinha que a inclusão dos túmulos na candidatura do Mosteiro de Alcobaça à classificação pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cutura (UNESCO), “foi determinante na decisão do Comité do Património Mundial de inscrever este monumento na Lista do Património Mundial da Humanidade”, em 1989.
//= generate_google_analytics_campaign_link("leitores_frequentes_24m") ?>Na passagem dos 30 anos desse reconhecimento, a Direção Geral do Património Cultural decidiu avançar com a intervenção, que deverá ficar concluída dentro de quatro meses.
Os túmulos de Pedro I e Inês podem ser visitados no mosteiro reaberto ao público na segunda-feira, com novas regras de segurança para os colaboradores e os visitantes.

As condições de admissão de visitantes, afixadas no monumento e divulgadas no ‘site’ e na página da rede social Facebook do mosteiro, passam pela obrigatoriedade do uso de máscara, higienização das mãos e pela manutenção de uma distância mínima de dois metros.
Por razões de segurança, o dormitório e o piso superior do claustro estão encerrados ao público, a admissão de visitantes é condicionada a uma lotação máxima e não são aceites pagamentos em dinheiro.
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