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Sociedade

GNR não detetou indícios de “descarga ilícita” de ETAR no rio Lis

Dirigentes de associação local denunciaram maus cheiros e coloração acastanhada do rio. Autoridades não detetaram qualquer descarga à margem da lei.

A GNR não encontrou vestígios de qualquer descarga ilícita na zona da ETAR do Coimbrão, na sequência da denúncia do passado dia 17 que apontava para a atividade poluidora no rio Lis, na zona da Galeota, a poucos quilómetros da foz.

Na última sexta-feira, dirigentes da Naturalis, associação que se dedica à fotografia do património natural da região e à proteção ambiental, denunciaram a presença de efluentes acastanhados e maus cheiros no rio Lis, na zona de descarga da ETAR do Coimbrão, anteriormente designada de ETAR Norte.

Efluente acastanhado e mau cheio motivaram denúncia

As autoridades foram contactadas, mas ao REGIÃO DE LEIRIA, a GNR adianta não ter detetado qualquer descarga ilícita na altura.

“O Comando Territorial de Leiria rececionou uma denúncia a informar que estaria a ocorrer uma descarga de efluentes proveniente da ETAR Norte”, confirma a GNR, adiantando que ao local deslocaram-se militares do posto territorial de S. Pedro de Moel “não verificando qualquer vestígio na água que indicasse a ocorrência de descarga ilícita naquele momento”.

Nesse mesmo dia, a Águas do Centro Litoral (AdCL), empresa responsável pela ETAR do Coimbrão, garantiu ao nosso jornal que aquele equipamento se encontrava a “funcionar corretamente”, não registando anomalias.

A GNR sublinha que a ETAR em causa “efetua descarga de efluentes 24 horas por dia, sendo visível a alteração de coloração do leito do rio a partir do ponto de descarga”, acrescentando que a ETAR está “licenciada para o efeito, ao abrigo de título de utilização dos recursos hídricos emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”.

Eflutente da ETAR do Coimbrão pode apresentar coloração acastanhada, defende a empresa

No passado, a própria AdCL já tinha sublinhado que a coloração acastanhada é normal, explicando que no verão “os caudais do rio Lis baixam substancialmente e, por isso, o caudal proveniente da ETAR apresenta um maior contraste quando se mistura no rio, dando a perceção ao cidadão de que o mesmo não se apresenta nas devidas condições, o que, tal como evidenciam os resultados dos boletins, não é a realidade”.

A empresa refere-se aos boletins de análise às águas residuais da ETAR publicados na página da empresa.

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