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Desporto

João Almeida segura a rosa mais um dia e descansa de “festival de sofrimento”

Ciclista de 22 anos de Caldas da Rainha, conseguiu manter a camisola da liderança pelo 13º dia consecutivo.

Hoje A-dos-Francos está a descansar. Tal como João Almeida, o cliclista da terra que está a fazer furor na Volta a Itália, em bicicleta.

Esta segunda-feira, a prova cumpre o segundo e último dia de descanso, quando faltam seis etapas para terminar a edição de 2020 do Giro.

O jovem de 22 anos continua com a camisola de líder, a rosa, motivo que tem levado a população da freguesia de Caldas da Rainha, bem como de todo o concelho a vestir de cor de rosa.

Ontem, João Almeida, que corre pela Deceuninck-QuickStep, suportou o que apelidou de “festival de sofrimento” na 15.ª etapa para segurar a liderança da geral da Volta a Itália em bicicleta, prometendo “defender a camisola rosa” até onde puder.

Aos jornalistas, Almeida explicou que este foi “um festival de sofrimento até ao final” e que já esperava “que alguém atacasse”, acabando por ser o segundo à geral, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), que esteve “super forte”.

A etapa foi conquistada pelo britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), de 25 anos, que cumpriu os 185 quilómetros entre a base aérea de Rivolto e Piancavallo em 4h58m52s, dois segundos à frente de Kelderman, que foi segundo classificado, e quatro do australiano Jai Hindley (Sunweb), terceiro.

João Almeida foi quarto na etapa, a 37 segundos, ou seja, perdeu 35 segundos para Kelderman, que ainda bonificou pelo segundo lugar, mas conseguiu manter a camisola rosa, com 15 segundos de vantagem para o holandês. O terceiro na geral, Hindley, está a 2m56s, e grande parte dos restantes favoritos agora mais distantes do português.

Daqui para a frente, diz, o objetivo “é o mesmo”. “Vou continuar a defender a camisola e vamos ver quão longe posso ir. Sem a equipa, isto não seria possível. São menos de 20 segundos [de margem], mas vou defender-me”, atirou.

Mesmo perante um objetivo “quase impossível, muito difícil” de vencer o Giro na estreia em grandes Voltas, e aos 22 anos, “segurar a rosa” um número recorde de dias, 13, para um sub-23 é “muito especial”.

No “dia mais duro até aqui”, acabou por fazer sozinho grande parte da subida final até à meta em Piancavallo, porque “não sobrou mais ninguém”, mas agradeceu ainda à equipa, sem quem “isto não seria possível”, mesmo que se tenha mesmo isolado nos quilómetros finais.

“Retirei o auricular [do rádio] porque estava tão concentrado em dar o meu melhor. Estava mesmo a fazer tudo o que podia para segurar a camisola rosa”, explicou.

Está “muito feliz” de seguir com a ‘maglia rosa’ e garantiu que o segundo dia de descanso, esta segunda-feira, vai ajudar a defender a liderança nos próximos dias, depois de domingo “Kelderman ter sido super”, mas “não se pode ser super todos os dias”.

“Vamos tentar noutro dia”, assegurou.

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