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Sociedade

Meios de busca aéreos e marítimos desmobilizam. Continuam buscas em terra, informa capitania

Perto de 100 operacionais estiveram envolvidos nas operações. Qualquer vestígio encontrado deve ser comunicado às autoridades, indica comandante da capitania da Figueira da Foz.

Pelas 14 horas, o helicóptero da Força Aérea realizava a última passagem na praia, antes de regressar à base. Foto: MG

O helicóptero da Força Aérea já abandonou as operações de busca que estão a decorrer para encontrar os tripulantes que continuam desaparecidos ao largo da Praia do Pedrógão, no concelho de Leiria. Nas próximas horas também a corveta da Marinha Portuguesa irá embora. Com o agravar das condições meteorológicas (vento e agitação marítima), os meios vão ser retirados.

Durante a manhã um drone da Capitania da Nazaré foi utilizado nas buscas, mas devido ao elevado vento que se fazia sentir, acabou por não participar nas operações. Já o helicóptero Koala, da Força Aérea, atingiu o limite das horas de voo diárias, pelas 14 horas, regressando à base.

Continuam, no entanto, as buscas em terra, com elementos da Marinha e dos bombeiros voluntários de Vieira de Leiria e de Leiria, num total de 30 operacionais, a que se juntam os cerca de 70 que estão na corveta NRP João Roby, que também deverá desmobilizar durante a tarde, como já aconteceu com as restantes embarcações das capitanias, de menor dimensão.

Ao REGIÃO DE LEIRIA, os comandantes da Capitania da Figueira da Foz, Pedro Costa, e da Capitania da Nazaré, Mário Lopes Figueiredo, que estão na Praia do Pedrógão a acompanhar os trabalhos, explicam que, com o agravar das condições meteorológicas, as operações se tornam “mais difíceis”, mas vão permanecer no terreno.

Adiantam que a probabilidade de recuperar os tripulantes com vida é cada vez menor, à medida que o tempo passa, mas, independentemente do final, o objetivo é sempre encontrar os elementos que estavam na embarcação “Letícia Clara”, que saiu do porto da Nazaré.

Permanecem desaparecidos dois cidadãos indonésios e um marroquino. O mestre da embarcação, de nacionalidade portuguesa, conseguiu chegar a terra, após várias horas no mar, tendo sido salvo ainda na tarde de sexta-feira, dia em que o barco foi dado como desaparecido. Foi transportado ao hospital de Leiria onde permaneceu até este domingo de manhã. Foi depois transferido para o hospital da Póvoa de Varzim.

Ao contrário do que aconteceu ontem pela manhã, durante o dia de hoje não foram detetados vestígios da embarcação (redes, bóias, …).

Ponto de passeio ao fim de semana, são vários os cidadãos que acompanham as operações na zona do Casal Ventoso, na Praia do Pedrógão, e são estas pessoas, assim como os pescadores lúdicos ou quem tem por hábito caminhar junto à orla costeira que podem ajudar as autoridades nos próximos dias.

“Se encontrarem algum vestígio da embarcação ou qualquer outro elemento que possa estar associado a este caso, devem entrar em contacto com as autoridades – 112, capitania ou autoridades locais – à semelhança do que já é habitual algumas pessoas fazerem”, indica o comandante Pedro Costa, lembrando que até terça-feira, dia 20, há aviso amarelo no distrito de Leiria por causa da agitação marítima, pelo que são desaconselhados passeios à beira-mar.

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