Assinar
Sociedade

Incêndios: Região de Leiria pede à população para ser resiliente e ter cuidado

O vice-presidente da CIMRL, Jorge Vala, insistiu hoje, em reunião, na necessidade de as pessoas serem vigilantes e informadoras das autoridades sempre que detetem incêndios.

Foto de Arquivo

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), território que tem sido atingido por incêndios florestais, pediu hoje à população para ser resiliente e ter cuidado, quando se aproxima mais um verão.

O vice-presidente da CIMRL que tem o pelouro da Proteção Civil, Jorge Vala, apelou às pessoas para que “continuem a ser, sobretudo, resilientes, mas que tenham cuidado”.

“É fundamental que existam aqui ações concertadas entre todas as entidades, mas, sobretudo e o mais importante, é que a população tenha muito cuidado”, afirmou Jorge Vala, também presidente da Câmara de Porto de Mós, realçando que “a grande maioria dos incêndios tem mão humana na sua ignição”.

Explicando que existem sistemas para detetar os fogos na sua fase inicial, como a videovigilância ou os postos de vigia, que “complementam, praticamente, todo o território da região”, Jorge Vala insistiu na necessidade de as pessoas serem vigilantes e informadoras das autoridades sempre que detetem incêndios.

Hoje, na reunião da CIMRL, esteve o comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria, Carlos Guerra, que apresentou o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR).

Jorge Vala disse ser um dispositivo idêntico ao de anos anteriores, mas admitiu preocupação com o facto de “haver cada vez menos recursos humanos” e “maior dificuldade em alocá-los”.

O autarca reconheceu ainda preocupação por a região não ter um avião de combate, explicando que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil aguarda “há dois anos” por licenciamento para esse fim para a lagoa de Óbidos, mas como tal ainda não sucedeu está a tentar-se que “fique em Pombal um helicóptero pesado, um Kamov, que pode descarregar cerca de cinco mil litros de água”.

“Estamos organizados para aquilo que vier e, se não vier nada, estamos completamente disponíveis para ajudar o país”, acrescentou o vice-presidente da CIMRL.

O DECIR vai ter, na Região de Leiria, 509 operacionais, 119 viaturas e três meios aéreos no período de maior empenhamento, disse o comandante Carlos Guerra à agência Lusa.

Destes 509 operacionais, 317 são dos bombeiros, 79 da Guarda Nacional Republicana, incluindo-se também a Unidade Especial de Proteção e Socorro, 89 sapadores florestais e 24 elementos da Polícia de Segurança Pública.

Carlos Guerra garantiu, contudo, que este dispositivo será, “na medida que for necessário, reforçado sempre com meios destas entidades”.

A Sub-região de Leiria compreende os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós, os mesmos da CIMRL.

Deixar um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos relacionados

Subscreva!

Newsletters RL

Saber mais

Ao subscrever está a indicar que leu e compreendeu a nossa Política de Privacidade e Termos de uso.

Artigos de opinião relacionados