Nasceu há 37 anos, popularizou-se como “Escola de Cavaquinhos” da Batalha, ensinou centenas a tocar cavaquinho, promoveu a música tradicional, assumiu a identidade de Sons do Lena, mostrou fôlego com as gaitas de foles do Gaitilena e terminou.
A frase anterior procura sintetizar as quase quatro décadas de atividade do Sons do Lena, terminadas em meados de junho.
Em 1986, tomou forma. A “Escola de Cavaquinhos” foi a sua face mais visível, permanecendo no imaginário local. Mas Mário Neto, o responsável pelo grupo, explica a decisão: “chegámos à conclusão que foi um ciclo de vida que terminou”.
A decisão foi tomada em assembleia geral. O cansaço e a indisponibilidade de dar continuidade ao projeto por parte dos elementos do grupo, ditaram-lhe o fim, formalizado a 14 de junho.
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“O atual estilo de vida não ajuda muito a que estes grupos continuem”, refere o diretor do grupo agora extinto, reportando-se à crescente dificuldade em compatibilizar projetos desta natureza com o quotidiano.
Mário Neto recorda que este projeto ajudou na formação musical de muitos batalhenses e contou com milhares de atuações em vários pontos do país. “Mais não seja, as pessoas que aprenderam o cavaquinho juntam-se em família e tocam”, recordando esta componente da cultura popular que, lamenta, corre o risco de desaparecer se não for promovida junto dos mais jovens.
Mário Neto admite que o grupo volte a atuar esporadicamente, em registo informal, revelando que já surgiram convites nesse sentido. A importância do trabalho desenvolvido pela associação Sons do Lena – Gaitilena foi reconhecido pelo município da Batalha que, na última segunda-feira, aprovou um voto de louvor.