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Sociedade

Submarino alemão afundou-se na Nazaré há 65 anos

Assinalam-se hoje 65 anos sobre o afundamento de um submarino de guerra alemão ao largo da costa da Nazaré, um acontecimento que continua a alimentar o imaginário local.

Assinala-se hoje o 65.º aniversário do afundamento de um submarino de guerra alemão – U-963 – ao largo da costa nazarena, um acontecimento no rescaldo da 2ª Guerra Mundial, que marcou a vivência da população local, tornando-se parte do imaginário nazareno, quase com contornos de lenda.

De acordo com os registos da Capitania da Nazaré, na madrugada do domingo, 20 de Maio de 1945, um bote de borracha com três marinheiros alemães atingiu a praia. Contactadas as autoridades locais, foi transmitido que estaria ao largo um submarino em afundamento e solicitava-se o resgate da restante tripulação, realça a autarquia nazarena em comunicado.

A barca salva-vidas da Capitania foi accionada e recolheu os 45 tripulantes ainda a bordo, mas o Comandante do U-963 não permitiu aos representantes das autoridades portuguesas que assistissem ao afundamento, acrescenta.

O submarino partira da Noruega em Abril de 45, quando ainda decorria o conflito que opunha a Alemanha de Hitler aos Aliados, com a missão de largar mísseis no Canal da Mancha, mas, na viagem, a tripulação foi informada da rendição da Alemanha e, ao invés de aceitar a capitulação, optou pela fuga e pelo auto-afundamento, ao largo da costa de Portugal.

Segundo os registos da Capitania da Nazaré, citados pela autarquia local, o U-963 submergiu a aproximadamente 500 metros a sul/sudoeste do Forte de S. Miguel, a cerca de 100 braças de profundidade.

“O afundamento do submarino alemão foi testemunhado por muitos habitantes locais, alguns que ainda são hoje memória viva de um episódio de grande interesse histórico”, destaca a autarquia nazarena.

Refira-se que, em 2004, uma equipa de reportagem da SIC tentou desvendar o mistério da auto-destruição do submarino de guerra alemão na Nazaré, acompanhando uma expedição da Universidade Autónoma de Lisboa, da Universidade do Connecticut (EUA) e do Instituto Hidrográfico. A equipa efectuou mergulhos no submersível Delta até cerca de 120 metros de profundidade, na zona da cabeceira do Canhão da Nazaré, tendo sido confirmada a localização do U-963. Mas não foi possível recolher mais informação devido à elevada turbulência de correntes, ao nível de sedimentos e à fraca visibilidade, que não permitiam um mergulho de reconhecimento em segurança.


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