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Sociedade

Bombeiros da Nazaré temem que situação financeira deixe associação sem direcção

A situação financeira dos bombeiros da Nazaré, que têm um défice de 11 mil euros, está a afastar eventuais candidatos à direcção. A partir de Fevereiro pode surgir um vazio directivo.

A situação financeira dos bombeiros da Nazaré, que têm um défice de 11 mil euros, está a afastar eventuais candidatos à direção, refere a atual equipa diretiva que teme que se crie um vazio diretivo a partir de fevereiro.

A associação tem 17 trabalhadores no quadro e 23 mil euros de despesas mensais (foto: http://www.bombeiros-portugal.net)

“Já houve um processo eleitoral em que não apareceu nenhuma lista a sufrágio e corremos o risco de a situação se repetir nas próximas eleições que irão acontecer a 15 de fevereiro”, disse à Lusa Adriano Jorge, presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros da Nazaré.

Adriano Jorge termina o mandato de dois anos no final de dezembro e anunciou já que não pretende recandidatar-se ao cargo, embora tenha aceitado “um pedido do presidente da assembleia geral, para que a direção se mantenha em funções até ao novo ato eleitoral”.

A ausência de listas concorrentes à direção está a preocupar os responsáveis pelos bombeiros que temem que tal se deva “aos enormes constrangimentos financeiros” da associação que, nos meses de setembro e outubro, acumulou “um défice superior a 11 mil euros”.

Em causa está, segundo Adriano Jorge, “um défice cada vez maior de transporte do doentes com credencial da ARS [Administração Regional de Saúde]”, que no caso da Nazaré se traduziu “num decréscimo de mais de 60 por cento”.

Ao contrário dos tempos em que “chegava ao quartel de manhã e já tinham saído as dez ambulâncias de transporte de doentes”, atualmente, “ficam lá praticamente todas paradas” já que “a maioria dos utentes se quer recorrer ao nosso transporte tem que o pagar do seu bolso”, explica.

A preocupação com a situação da associação levou, na terça-feira à noite, à aprovação de uma moção proposta pelo PS, na Assembleia Municipal, sugerindo que seja revisto o subsídio de 10 mil euros atribuído pela câmara aquela corporação.

A verba, aprovada pelo executivo municipal no passado mês de novembro, foi, segundo Adriano Jorge, “o único apoio da autarquia durante estes dois anos de mandato”.

O presidente da câmara, Jorge Barroso, não se mostrou disponível para aumentar a verba a transferir para os bombeiros, sustentando que “todas as instituições atravessam um momento difícil e todas terão, de uma forma ou outra, que fazer uma adaptação à situação atual”.

Com 17 trabalhadores no quadro e despesas mensais na ordem dos 23 mil euros, a associação não tem, por enquanto, ordenados em atraso, mas a direção teme que “se não houver um aumento substancial dos apoios a situação possa vir a agravar-se bastante”, já que, reforça, “este subsídio da câmara é insuficiente e não resolve os problemas”.

Lusa

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