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Desporto

Faleceu João Santos, o "Barbas do Marrazes"

Adepto ferrenho do Sport Clube Leiria e Marrazes, conhecido pela sua longa barba, resultado de uma promessa que fez há mais de 40 anos, faleceu no domingo, aos 68 anos.

“Marquei o campo, fui massagista, dei conselhos amorosos aos miúdos quando tinham um desgosto de amor, e até taberneiro fui”, disse João Santos, o “Barbas do Marrazes”, ao REGIÃO DE LEIRIA, em 2011, lembrando que ia ao Cartaxo todos os meses buscar “bom vinho” para o bar do Sport Clube Leiria Marrazes.

João Santos (foto: António Gomes)
João Santos (foto: António Gomes)

O adepto ferrenho do Sport Clube Leiria e Marrazes, conhecido pela sua imagem, com uma longa barba, resultado de uma promessa que fez há mais de 40 anos, faleceu ontem, domingo, aos 68 anos.

Os mais pequenos tratavam-no por “Ti João”, como sinal de apreço pelos momentos em que os acompanhava no clube, os mais velhos reconhecem-no como figura fundamental na freguesia do concelho de Leiria, e sobretudo, no “velhinho” Campo de Jogos do Sport Clube Leiria Marrazes.

João Santos terá apostado que só a voltava a cortar quando o Marrazes subisse à primeira divisão. Todavia, ninguém sabe ao certo a que competição se referia. “Um dia corto-a, mas gosto de me ver assim. E não sei quando é que o Marrazes sobe à primeira divisão”, afirmou. Foram mais de 40 anos com barba, que lhe valeram a alcunha.

“Há 13 anos [1998], quando fui operado ao coração, cortei um bom bocado, com medo que, quando acordasse no hospital, já não tivesse barba”, explicou. O problema de saúde ficou tratado e a barba, essa, também, resistiu.

Mas clube, só tinha um: o Marrazes, que é da terra. “Não posso ser de mais nenhum. Como é que posso ser de outro clube, se não têm jogadores portugueses. Nem pensar”, referiu, na altura ainda com a função de director desportivo da equipa de benjamins.

O campeão europeu, guarda redes do Sporting e da Seleção Nacional, Rui Patrício foi um dos muitos atletas que lhe passaram pelas mãos.

(artigo elaborado com excertos do artigo publicado em dezembro de 2011)

Marina Guerra (texto)
António Gomes
(foto)

 

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