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Duas experiências preparadas por alunos vão ser testadas no Espaço

Duas experiências científicas preparadas por alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) vão ser testadas no espaço, na Estação Espacial Internacional (EEI) que orbita a 400 quilómetros da Terra.

Duas experiências científicas preparadas por alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha (AEB) vão ser testadas no espaço, na Estação Espacial Internacional (EEI) que orbita a 400 quilómetros da Terra.

Em meados de abril, o agrupamento anunciou que os projetos submetidos por seis alunos do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos “foram devidamente testados e aceites para serem enviados e executados na Estação Espacial Internacional”.

As experiências dos alunos da Batalha foram selecionadas entre as cerca de quinhentas que, provenientes da Europa e do Canadá, iniciaram o processo de admissão para serem levadas a cabo no espaço. Destas, foram admitidas 135 equipas. Deste lote, 15 são portuguesas e duas são da Batalha, revela Marco Neves, o docente que coordenou o esforço dos alunos nestes projetos que, durante seis horas, utilizarão os recursos da estação espacial, no âmbito do projeto Mission Space Lab.

De acordo com o professor, uma das experiências passará pela recolha de informação com recurso a um giroscópio instalado na EEI e que permitirá estudar o equilíbrio da força gravitacional a que a estação espacial está sujeita. Este projeto conta igualmente com a participação de alunos do 12º ano do curso de ciências e tecnologia que irão fazer a análise científica dos dados recolhidos.

Uma segunda experiência, explica ainda Marco Neves, passará pelo processo de fotografar a Terra vista do espaço. “Esperamos tirar 400 a 500 fotografias”, aponta. As fotos serão depois comparadas com outras tiradas, no passado, por satélites da Agência Espacial Europeia. O objetivo passa por “perceber o que pode ter acontecido em consequência das alterações climáticas”. A análise das “cores das imagens” poderá deixar perceber fenómenos tão diversos como a subida do nível médio do mar e as consequências da desflorestação, acrescenta.

O processo de preparação das experiências – que na prática se traduzem na produção de código informático produzido pelos alunos e que será corrido na EEI – arrancou no início do ano letivo. Espera-se que as experiências sejam levadas a cabo durante o mês de maio. Marco Neves sublinha a relevância do projeto e adianta: “Quantos cientistas não quereriam ter três horas de processamento para correr na EEI?”.

Para já, estes projetos dos alunos da Batalha chegaram à fase três do programa Mission Space Lab, tendo recebido a autorização para serem testados no espaço. A quarta fase implicará a elaboração de um relatório científico sendo anunciados, em junho, os projetos vencedores.

CSA

Nota: artigo originalmente publicado na edição impressa de 18 de abril de 2019

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