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Reconstrução das casas ardidas em Pedrógão Grande em debate na Assembleia da República

O tema será discutido na sessão da tarde do plenário de dia 19 de dezembro e na origem do debate está a petição pública “contra a fraude nos apoios em Pedrógão Grande”.

Os peticionários pedem aos deputados que seja aberto um Inquérito Parlamentar para apurar os responsáveis políticos e legais Foto: Joaquim Dâmaso

Dois anos e meio depois dos incêndios em Pedrógão Grande, o tema do abuso de poder na utilização dos fundos para a reconstrução das casas ardidas vai ser debatido na Assembleia da República (AR), na quinta-feira, dia 19.

O assunto será discutido na sessão da tarde do plenário e na origem do debate está a petição pública “contra a fraude nos apoios em Pedrógão Grande“. A iniciativa partiu de um grupo de cidadãos com o apoio do movimento cívico Democracia 21.

A petição reuniu 4.509 assinaturas e pretende que “as situações ocorridas sejam analisadas e punidas nas suas diversas dimensões, nomeadamente, a política” esclarece o movimento em comunicado.

O documento foi entregue na AR a 19 de setembro de 2018 e teve como base “o facto de se julgar insuficientes os processos de inquéritos protagonizados pelo Ministério Público”.

O Democracia 21 acrescenta ser “importante que em situações graves como a de Pedrógão Grande, os deputados não permaneçam em silêncio perante as suspeitas de tão vil violação da lei, abusando da solidariedade dos portugueses e desonrando a tragédia humana vivida”.

Os peticionários pedem aos deputados que seja aberto um Inquérito Parlamentar para apurar os responsáveis políticos e legais pelo uso fraudulento dos apoios à reconstrução das casas ardidas nos incêndios.

 

Nova direção na Associação das Vítimas de Pedrógão Grande

Dina Duarte é a nova presidente da Associação das Vítimas de Pedrógão Grande (AVIPG) e encabeçou a única lista concorrente às eleições, no passado dia 14 de dezembro.

Entre as preocupações da nova presidente da AVIPG estão o reordenamento da floresta, designadamente para prevenir fogos, e a adoção de medidas para tornar as aldeias e vias de comunicação da região seguras.

Em declarações à Lusa, Dina Duarte afirmou que “o território tem de ser seguro para quem nele vive”, mas também para quem o visita, e que há ainda fortes razões para a região ser “descoberta ou redescoberta”.

Para a nova presidente é necessário criar alternativas às queimas e queimadas, feitas, na maior parte dos casos, por pessoas idosas e sem condições de evitarem risco de incêndio, exemplificou.

A nova direção da AVIPG candidatou-se sob o lema “Renascer por todos” e os membros são feridos e familiares de vítimas dos incêndios de junho de 2017 e todos residentes na zona atingida por aqueles fogos.

Dina Duarte, uma das habitantes do Nodeirinho que mais se destacou no apoio às vítimas do fogo, sucede na liderança da associação a Nádia Piazza.

Integram os novos corpos gerentes da AVIPG, cuja posse está agendada para 2 de janeiro, Rui Rosinha, o bombeiro de Castanheira de Pera que esteve meses hospitalizado (vice-presidente), Filipa Rodrigues (tesoureira) e José Carlos Santos (vogal), também feridos com gravidade, entre outros familiares de feridos ou vítimas.

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