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Marinha Grande

Câmara da Marinha Grande diz que cumpriu orientações exigidas para reabrir mercado municipal

Município lamenta parecer desfavorável da delegada de saúde, poucas horas antes da reabertura.

A Câmara da Marinha Grande anunciou, na quinta-feira, que ia reabrir os mercados da Marinha Grande, Vieira de Leiria e Praia da Vieira, a partir de sábado, assegurando as regras de segurança para vendedores e clientes, mas horas depois, teve que recuar, no caso da Marinha Grande, devido ao parecer desfavorável da Delegada de Saúde Pública.

Em comunicado, a autarquia lamenta que “a Senhora Delegada de Saúde tenha impedido a reabertura do Mercado Municipal da Marinha Grande quando foram cumpridas todas as orientações que a Delegada de Saúde exigiu inicialmente”.

Segundo a Câmara da Marinha Grande, a 30 de abril foi manifestada a intenção de fazer a reabertura dos Mercados Municipais, na sequência do fim do Estado de Emergência e do Plano de Desconfinamento anunciado pelo Governo.

Cinco dias depois, a 4 de maio, a delegada de Saúde “solicitou que a Câmara apresentasse um Plano de Contingência especifico para cada mercado municipal”, adaptado à fase atual de calamidade.

Os planos foram remetidos, informa o município, a 6 de maio e a responsável da Saúde Pública esclareceu, no mesmo dia, que no Mercado Municipal da Marinha Grande a reabertura fosse restrita à “comercialização de Bacalhau Seco, Produtos da Horta e do Pomar, Flores/Plantas, Pão e Produtos pré-embalados, desde que aplicadas regras específicas.

Entre essas condicionantes estava a implementação de um plano de limpeza/higienização e desinfeção de todos os espaços, antes da hora de abertura e após encerramento, com reforço da higienização e desinfeção dos espaços de entrada/de circulação e sanitários públicos, 2 a 3 horas após a abertura ou com maior regularidade, dependendo da afluência de clientes. O número de pessoas a aceder ao mercado teria que ser limitado (5 pessoas/100 m2) e “respeitada, à semelhança para clientes ou entre clientes e vendedores, a distância de segurança de 2 metros entre vendedores”. Devia ser implementado um circuito unidirecional com sinalética e o espaço “devidamente arejado com circulação de ar pela abertura de portas e/ou janelas”.

“A Câmara Municipal respondeu a 13 de maio, remetendo os Planos de Contingência individuais para cada Mercado, tendo respondido a todas as alíneas supra referidas e indicadas pela Senhora Delegada de Saúde da Marinha Grande, por isso, convicta de que nada impediria o funcionamento do Mercado da Marinha Grande”, refere o comunicado da autarquia ontem divulgado.

Ainda assim, na sexta-feira, dia 15, explica o município, a Delegada de Saúde visitou os três mercados no período da manhã e, ao final da tarde, pelas 17h33, informou que “o Mercado Municipal da Marinha Grande devido às sua deficiências estruturais, funcionais e de higienização, não permite reunir os requisitos mínimos para o normal funcionamento, e menos ainda, para esta situação de pandemia de Saúde Pública relacionada com a Covid-19, pelo que entendemos dar Parecer Desfavorável à sua reabertura”.

Já relativamente aos mercados de Vieira de Leiria e Praia da Vieira, a atividade foi retomada com a normalidade exigida em situação de estado de calamidade.

sdsda

A construção de um novo mercado municipal é um assunto há muito debatido no concelho da Marinha Grande e, após este “chumbo”, o PCP veio lamentar “a atitude irresponsável do Executivo do PS” que, após ter anunciado a abertura do Mercado da Marinha Grande, revelou que “afinal, não vai abrir”. “Irresponsabilidade tão mais grave quando o anúncio foi feito sem haver um parecer favorável das autoridades de saúde para a reabertura. O PCP repudia esta prática reiterada de anunciar medidas sem que haja garantias de que as mesmas se vão concretizar, pensando apenas na auto-promoção e propaganda”, refere o partido em comunicado.

Para a comissão concelhia da Marinha Grande do PCP, “há muito se impõe é que o Executivo do PS encontre solução para que estes vendedores possam vender os seus produtos em condições de higiene e segurança para os próprios e para os utentes do mercado”. Um espaço alternativo, dentro das propriedades municipais, onde possa funcionar o mercado, “mesmo que seja necessário adaptação e investimento” é a solução apontada pelo partido comunista.


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