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Leiria

SMAS de Leiria terminam o ano com meios para atingir 95% de saneamento no concelho

Em 2019, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento Leiria distribuíram 10 milhões de metros cúbicos de água, a partir de 13 zonas de abastecimento

O ano que se encerra a 31 de dezembro foi desafiador também para os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Leiria. Para além de terem tido de se adaptar a um serviço que era maioritariamente presencial, a entidade responsável por servir 126 mil habitantes do município de Leiria foi colocada à prova num período em que boa parte da população esteve confinada, a consumir água em casa.

O laboratório de controlo de qualidade dos SMAS faz a avaliação da água desde a sua captação até a chegada à torneira do consumidor

O balanço nos últimos dias de 2020, todavia, é positivo: foi o ano em que entraram na fase final de diversos investimentos, permitindo atingir uma taxa de cobertura de saneamento de 95% em todo o concelho. Foi também o ano em que concluíram obras importantes, em zonas onde este serviço ainda era escasso, como é o caso do norte do concelho, onde foi adjudicada uma nova conduta para levar água até ao Coimbrão, a partir de Monte Redondo.

O saldo foi anunciado esta segunda-feira, 14, pelo diretor-delegado, Leandro Sousa, durante uma visita do REGIÃO DE LEIRIA ao laboratório de controlo de qualidade dos SMAS. “Foi um conjunto de investimentos muito forte que, nos últimos 10 anos, chegou perto dos 30 milhões de euros só na rede de saneamento”, contextualizou, antes de avançar que, para 2021, o orçamento já aprovado pela Assembleia Municipal prevê “um acréscimo de cerca de seis milhões de euros na reabilitação da rede de água”.

Referindo-se a um sistema “extremamente complexo” de distribuição, o representante frisou que os serviços de Leiria são a entidade com a “maior rede de água do país” num contexto de 308 municípios a nível nacional, e que o seu laboratório se mantém como referência na análise e no controlo da água que passa ao longo de 1.800 quilómetros de condutas. “Nós podemos afirmar hoje que, a água que distribuímos é segura, de qualidade, controlada e sem qualquer tipo de problemas”, atestou Leandro Sousa, ao lado da chefe de divisão Elsa Oliveira, que coordena o trabalho realizado desde as captações até à torneira do consumidor.

O acompanhamento feito a partir de 13 zonas de abastecimento, e que só no primeiro semestre de 2020 recolheu 979 amostras, mantém-se para garantir que a falta de água ocorrida por cinco dias consecutivos em 2002 não se repita. A trabalhar desde 1987, nos SMAS Leiria, Elsa Oliveira lembra o sucedido e relata que, apesar do “aspeto normalíssimo” da água, estavam a ocorrer descargas “às cegas” no rio, que permitiam a sua contaminação. “Chegámos a um ponto em que não sabíamos de onde aquilo vinha e fechou-se a estação. Isto é a importância do controlo operacional”, frisa, destacando a distribuição, em 2019, de 10 milhões de metros cúbicos de água com qualidade.

Para 2021 estão previstas mais ações voltadas para a responsabilidade social e com o intuito de dar continuidade à modernização da estrutura dos SMAS Leiria, impulsionada pela pandemia. “Nós queremos mudar a forma de atuação. Queremos chegar ao ponto de sermos nós a contactar o cliente”, avança o diretor-delegado, apostando que a aproximação ao cliente irá simplificar processos e permitir que “a fatura que chega todos os meses a casa não seja uma dor de cabeça”.

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