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Sociedade

Enfermeiros exigem que hospital de Leiria descongele carreiras

O diretor regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses afirma que a situação se arrasta há três anos.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses voltou hoje a reclamar o descongelamento da progressão da carreira daqueles profissionais no Centro Hospitalar de Leiria (CHL), numa ação em frente ao hospital de Santo André, com distribuição de panfletos aos utentes.

“Há três anos que os enfermeiros desta instituição se deparam com problemas que o conselho de administração não resolve. Os descongelamentos das progressões deviam ter ocorrido a partir de janeiro de 2018 e ainda há largas dezenas de enfermeiros que não tiveram o seu reposicionamento remuneratório relativo a esse descongelamento”, afirmou o diretor regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Rui Marroni.

Segundo o dirigente sindical, em junho de 2019 dever-se-ia ter verificado a “transição de enfermeiros especialistas para a nova categoria, o que não ocorreu com bastantes colegas nesta instituição”.

“Para agravar estas injustiças, o conselho de administração decidiu unilateralmente, em junho de 2018, alterar os horários de trabalho, causando grandes transtornos à prestação de serviço e à organização do trabalho dos enfermeiros como até aí estava a acontecer”, acrescentou Rui Marroni.

Esta situação levou o SEP a pedir a intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho, que “instaurou um processo de contraordenação” ao CHL, que já foi notificado.

Confrontado com esta situação, o conselho de administração do CHL não respondeu à Lusa.

Rui Marroni adiantou ainda que o SEP pretende que o “conselho de administração apresente um plano de resolução para a questão dos descongelamentos, das transições de enfermeiros especialistas e que regularize os horários de trabalho que alterou unilateralmente em 2018”.

“Esta inércia já é antiga e não tem a ver com a pandemia. Já havia injustiças e problemas dos enfermeiros do CHL para resolver e com a pandemia vieram-se a agravar, naturalmente”, admitiu o dirigente sindical.

Rui Marroni lamentou que o conselho de administração se “escude no Governo” para não “resolver a situação”.

“Outros centros hospitalares, como o do Oeste, já têm a situação regularizada. Escudam-se em orientações do Governo, mas os conselhos de administração têm autonomia gestionária para resolver determinados problemas”, reforçou, admitindo que a resolução destas questões pudesse ser feita faseadamente.

O dirigente sindical afirmou que o SEP tem insistido na marcação de reuniões, mas sem resposta.

“Queremos que o conselho de administração tenha uma ação proativa e que, de uma vez por todas, consiga dar respostas eficazes e resolver os problemas dos enfermeiros do CHL”.

Após esta ação, o SEP informou a Lusa de que foi contactado para agendar uma reunião.

Em resposta à Lusa, o conselho de administração do CHL adiantou que “tem mantido reuniões de trabalho com o SEP no sentido de desbloquear reivindicações pendentes”.

“Sobre os assuntos que dependem de decisão da tutela, à medida que são desbloqueados ou decididos, o CHL promove os devidos atos de execução. O CHL tem naturalmente todo o interesse em ultrapassar todas as questões que estão em aberto como tem feito e como vai continuar a fazer. Para este efeito, está em agendamento nova reunião de trabalho com o SEP que ocorrerá muito em breve”, informou ainda, em resposta escrita à Lusa.

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